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Máquina Mortífera | Muita ação e química entre protagonistas fazem da série um reboot digno

Quase vinte anos depois de lançar seu quarto filme nos cinemas, a saga Máquina Mortífera retorna com um reboot para a TV, bancado pela Fox, que repete a fórmula de todas as formas certas e se desvia dela do jeito mais discreto que consegue achar.

A premissa é exatamente a mesma dos filmes, então aqui vai um rápido resumo para quem nunca viu Máquina Mortífera: Murtaugh (Damon Wayans) é um veterano detetive da polícia de Los Angeles que gosta de seguir as regras, mas acaba preso com um parceiro recém-transferido Texas, Riggs (Clayne Crawford), que não carrega nenhum respeito por essas mesmas regras.

Esperta para os formatos de televisão, Máquina Mortífera resolve mergulhar mais fundo nas vidas pessoais de Murtaugh e Riggs do que os filmes fizeram, mostrando o primeiro como um pai de família que tenta equilibrar seu trabalho como policial com seu trabalho como marido e pai, e o segundo como um homem ainda em processo de luto pela morte de sua esposa grávida.

Química é tudo

Exatamente como sua franquia originária, no entanto, Máquina Mortífera vive e morre pela química entre os atores principais, especialmente Wayans e Crawford. Sorte da Fox, portanto, que a coisa funcione tão bem nesse primeiro episódio. Wayans, assim como Danny Glover nos filmes, traz um senso de conforto para seu Murtaugh, e faz dele o coração da trama com facilidade.

Ao seu lado, Crawford se sente mais à vontade para mastigar o cenário na pele de um homem intenso com todos ao seu redor, inclusive a psicóloga interpretada por Jordana Brewster (Velozes e Furiosos) – fica claro desde a primeira cena que Máquina Mortífera vai fazer os dois ficarem juntos, e as faíscas são bem criadas pelo roteiro de Shane Black (que também escreveu o filme original).

A Fox não quis arriscar com o reboot de Máquina Mortífera, apostando no que fez a franquia de filmes uma marca bem sucedida: ação, comédia e atuações carismáticas. No episódio de estreia, Riggs e Murtaugh investigam tanto o assassinato de um ex-fuzileiro naval quanto o sequestro de seu filho – uma trama intrincada que funciona bem com a estrutura “básica” da série.

Em suma, o novo Máquina Mortífera não é imperdível para ninguém que não seja já fã da franquia, mas deve agradar quem se arriscar.

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