A Netflix tem uma reputação importante a zelar graças aos seus centenas de milhões de clientes, mas isso não significa que a história da companhia é tão impecável assim.
Aqui, reunimos 10 grandes polêmicas que envolveram a Netflix e quase mancharam a reputação do serviço de streaming.
Confira a seguir:
O MECANISMO
Criada por José Padilha, a série faz crônica “disfarçada” da Operação Lava Jato, que expôs e levou a julgamento supostos casos de corrupção. O problema, para uma parte do público, é que a série parece tomar um lado político muito claro – o ponto de contenção mais claro é um diálogo falado pelo personagem que representaria o ex-presidente Lula, copiado palavra por palavra de uma declaração corrupta que na verdade foi dita por Romero Jucá. Alguns brasileiros chegaram a cancelar sua assinatura do serviço.
13 REASONS WHY
Apesar do claro sucesso de audiência, 13 Reasons Why causou grande polêmica na 1ª temporada por mostrar cenas gráficas de suicídio e, para alguns, tratar temas sérios como depressão de forma glamourizada ou inconsequente. Segundo pesquisas de organizações de saúde mental, cenas explícitas de suicídio em filmes e séries podem ter efeitos negativos em pessoas com pensamentos suicidas na vida real. Depois de tanta controvérsia, a Netflix acabou retirando a cena em que Hanna se suicida da série.
KEVIN SPACEY
A série House of Cards foi a primeira original da Netflix, e seguiu por cinco temporadas como um dos sucessos mais claros e sólidos da plataforma. Isso mudou no final de 2017, quando acusações de assédio e pedofilia surgiram relacionadas ao seu astro, o oscarizado Kevin Spacey. O ator não resistiu à polêmica e foi demitido da série, que exibiu uma sexta e última temporada sem ele, focando-se na personagem Claire (Robin Wright).
ROUBO DE FUNCIONÁRIOS
Em 2016, a Fox processou a Netflix por supostamente usar meios ilegais para “roubar” funcionários do estúdio e emissora. Os funcionários em questão ainda estavam sob contrato, segundo a Fox, e a quebra foi inteiramente culpa de propostas e movimentações ilegais dos executivos da Netflix.
SALÁRIOS EM THE CROWN
Outra polêmica bem recente da Netflix aconteceu quando produtores da série The Crown, que faz crônica da vida da Rainha Elizabeth II e seus familiares, revelou que a atriz Claire Foy (Elizabeth) ganhou menos que o colega Matt Smith (Príncipe Philip) pelas duas primeiras temporadas. Abaixo-assinados pediram que Smith doasse a diferença de salário, e a produtora Left Bank Pictures prometeu que, nas próximas temporadas, a coisa vai se inverter com o novo elenco.
SALÁRIOS NA COMÉDIA
Em sua reclamação à Netflix, a comediante e atriz Mo’Nique citou um currículo impressionante que inclui diversas turnês lotadas ao redor dos EUA e um Oscar na prateleira (por Preciosa). Mesmo assim, a plataforma não quis pagar a ela o mesmo que deu a Amy Schumer, Dave Chapelle e outros comediantes por seus especiais de stand-up. A polêmica ganhou apoio de Wanda Sykes, que disse não ter sido paga justamente tampouco.
BOICOTE EM CANNES
O Festival de Cannes 2018 chegou a anunciar que filmes da Netflix não poderiam competir em sua prestigiada seleção principal. A mudança veio depois de muitas críticas à inclusão dos títulos Okja e Os Meyerowitz no festival de 2017, e isso significa que a plataforma de streaming nunca poderá ganhar um dos prêmios mais renomados do cinema mundial.
CORTES NA BIBLIOTECA
Com o passar dos anos, enquanto a Netflix se moveu cada vez mais na direção da produção de conteúdos originais, diversas séries e filmes de outros estúdios que atraíram público para a plataforma foram sendo removidos. Dessa forma, embora cada vez mais séries da Netflix existam, existem cada vez menos séries na Netflix. Muitos usuários se cansaram dessa tendência e debandaram para outros serviços.
NETFLIX VS DISNEY
A revelação bombástica de que a Disney retiraria todo o seu conteúdo da Netflix até o final de 2019, quando seria lançado um serviço de streaming próprio do estúdio, fez com que as ações da plataforma despencassem. Afinal, a Disney não é só dona de seu próprio conteúdo, mas também de marcas populares como Pixar, Marvel, Star Wars e, agora, até a Fox! Resta esperar para ver o que acontece.
ACESSIBILIDADE?
Começando com a série Demolidor, que tem como protagonista o advogado cego Matt Murdock, a Netflix começou o incrível serviço de oferecer descrição em áudio para cenas sem diálogos, permitindo assim que usuários cegos pudessem assistir à série. O recurso, no entanto, não está disponível em muitos títulos, o que fez ativistas acusarem a Netflix do famoso “tokenismo” (atrair um público normalmente ignorado ou oprimido e, em seguida, não os servir propriamente).
Você viu que, depois do cancelamento de The OA, a Netflix foi atacada pelos fãs? E que depois de “roubar” os criadores de Game of Thrones, a HBO alfinetou a Netflix com seu novo projeto? Saiba quantos usuários do streaming compartilham suas senhas e entenda porque a Netflix pode começar a ter propagandas em breve no Observatório de Séries.