Milagre musical

A Noite que Mudou o Pop: A fascinante história real por trás de We Are The World

Documentário da Netflix conta a origem da icônica música

A Noite que Mudou o Pop é o novo documentário da Netflix
A Noite que Mudou o Pop é o novo documentário da Netflix

A Netflix lançou um novo documentário, que tem feito o maior sucesso na plataforma. Em A Noite que Mudou o Pop, vemos grandes nomes, de Stevie Wonder a Michael Jackson, se reúnem para a gravação de uma música icônica

Como aponta o The Guardian, apesar de todas as preciosidades dos bastidores e da nostalgia dos anos 1980 que oferece, o documentário é, na realidade, uma aula magistral de planejamento de eventos.

Como qualquer pessoa que já tenha tentado reunir um grupo de grandes nomes – ou mesmo uma multidão de amigos e familiares – em uma mesma sala ao mesmo tempo sabe, será uma dor de cabeça.

Reunir 46 das superestrelas musicais da atualidade para uma noite de trabalho não remunerado seria quase impossível.

“Há tantos gerentes, publicitários e agentes pelos quais você teria que passar”, disse Nguyen em Sundance, onde estreou seu filme sobre a produção de We Are The World.

Quando Ken Kragen, o empresário de Hollywood, pensou em organizar uma mega sessão de gravação com as maiores estrelas do pop do país por uma causa comum, ele não tinha muitos motivos para acreditar que conseguiria realizá-la.

Mas Kragen e seu comitê organizador tinham uma mala cheia de rolodexes e alguns outros truques na manga. Para começar, eles persuadiram as grandes estrelas Lionel Ritchie e Michael Jackson a assinarem como compositores.

Outra superestrela, o lendário cantor Harry Belafonte, foi a fonte do objetivo da campanha de arrecadação de fundos: combater o problema da fome na África.

E Bob Geldof, da organização beneficente britânica Live Aid, compareceu para compartilhar sua sabedoria em relação ao ativismo musical.

A Noite que Mudou o Pop
A Noite que Mudou o Pop

Projeto inacreditável saiu do papel

Os organizadores tiveram apenas um mês para colocar sua visão em prática, mas quando os créditos de abertura do documentário de Ngyuen terminam, já vimos os rostos de Bruce Springsteen, Cyndi Lauper, Bette Midler, Paul Simon e Diana Ross.

À medida que as estrelas entravam no estúdio de gravação, elas eram recebidas pela única regra que Jones colocou na parede: “Deixem seus egos na porta”.

A humanidade exibida nas filmagens – como quando as estrelas começaram a pedir autógrafos umas às outras – também fisgou Nguyen. “Sinto que é incrível ver todas essas pessoas sobrenaturais sendo tão naturais.”

O poder duradouro da música tem a ver, em parte, com sua construção brilhantemente simples.

“A parte do refrão é feita para muitas faixas vocais diferentes”, disse Nguyen. “Lionel e Michael a criaram para que seja um hino e você possa cantar junto com ela facilmente.”

Por volta da meia-noite, os artistas começaram a se cansar. Dylan precisava de ajuda extra para atingir suas notas.

Mas eles perseveraram, se soltando. Para todas as personalidades reunidas em um espaço confinado, houve surpreendentemente pouco drama. Talvez isso se deva ao fato de o drama ter ocorrido fora da tela: as ausências notáveis foram Madonna, que não foi convidada (os produtores escolheram Lauper em vez deka), e Prince, que havia exigido que ele gravasse um solo em uma sala sozinho – o que foi negado.

A música arrecadou mais de US$ 60 milhões, embora Nguyen ressalte que seu impacto foi muito maior, pois colocou a questão da fome na África sob os holofotes globais.

A Noite que Mudou o Pop está disponível na Netflix.

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