Na última sexta-feira (01), a Netflix trouxe ao seu serviço a sua primeira série original alemã: Dark. A série já chegou sendo comparada a outra produção da casa, Stranger Things, e é difícil não ver semelhanças entre as duas.
Dark se passa na cidade alemã de Winden, que é cercada por um imensa floresta e que faz divisa com uma antiga estação de energia nuclear, e sua história começa quando um garoto de 15 anos desaparece misteriosamente. Assim como aconteceu com Will Byers, ninguém sabe o que aconteceu com o jovem, mas o a comunidade de Winden sabe é que essa não é a primeira vez que algo assim acontece.
A partir daí a série convida o espectador a conhecer esse local sombrio, com pássaros caindo do céu, cavernas misteriosas e pessoas que são presas a uma sala escura. Trata-se da Alemanha oferecendo ao mundo uma chance de conhecer suas grandes produções e de criar seu próprio suspense sobrenatural aos moldes de Stranger Things ou Twin Peaks. Trata-se de um esforço dos criadores da série, Baran bo Odar e Jantje Friese, que constroem sua produção com personagens dúbios.
Aos poucos, segredos são revelados e máscaras vão caindo. Conhecemos quem é o homem de família que está traindo a família, que mulher tem um caso com tal pessoa e coisas do tipo. Tudo é embalado por uma trilha sonora que reforça a ideia de ameaça iminente, deixando o espectador preso à poltrona do sofá.
Grande parte do elenco é composto por atores jovens e belos, uma tentativa da produção de chamar a atenção de um público adolescente. Porém, apesar de seu público alvo mais jovem, Dark não deve ser subestimada. A produção é séria e vai ficando mais complexa conforme os episódios passam. Isso pode afastar alguns espectadores, pois trata-se de uma produção realmente densa, mas deixa chamar a atenção daqueles que buscam algo mais profunda e sombrio em meio às tantas opções do serviço de streaming.