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Big Vape: A perturbadora história real por trás da série da Netflix

O documentário Big Vape já está disponível no streaming

Pôster de Big Vape.
Pôster de Big Vape.

Recém-chegada ao catálogo brasileiro da Netflix, o documentário Big Vape fala sobre a popularização dos cigarros eletrônicos nos Estados Unidos e no mundo. A série aborda uma perturbadora história real cheia de executivos mal intencionados, marketing problemático e, é claro, muita especulação.

“Nesta série documental, uma startup de cigarros eletrônicos se torna uma empresa multibilionária até que uma epidemia transforma todo o seu sucesso em fumaça”, diz a sinopse de Big Vape na Netflix.

Intrigante e reveladora, a série documental é uma produção do cineasta americano R.J. Cutler, vencedor do Emmy. Em sua 1ª temporada, Big Vape tem apenas 4 episódios.

Mostramos abaixo tudo que você precisa saber sobre a revoltante história real por trás da série Big Vape na Netflix; confira! (via RollingStone)

Cena de Big Vape.

Big Vape acompanha a ascensão e a queda da Juul

Dirigido por R.J. Cutler, Big Vape é baseado no livro homônimo de Jamie Ducharme, um repórter da revista Time. 

O documentário, como indica a sinopse, mostra como a empresa Juul, uma fabricante de cigarros eletrônicos, conseguiu uma valorização de 38 bilhões de dólares ao viciar jovens e adolescentes em seus produtos. 

Porém, após uma série de processos judiciais, acordos e decisões do Governo, a empresa que ficou conhecida como “Apple dos cigarros eletrônicos” se tornou motivo de piada em círculos de investidores. 

De acordo com R.J. Cutler, um dos maiores objetivos do documentário é iluminar histórias de pessoas que foram afetadas pelos produtos da Juul.

“Eles não começaram a epidemia de tabagismo entre os adolescentes, mas o produto do trabalho deles, definitivamente, resultou nessa epidemia”, disse Cutler em um papo com o site Rolling Stone.

Fundada em 2010, a empresa Juul, em 2018, se tornou a 6ª startup mais valiosa dos Estados Unidos, logo atrás da Uber. Em seu processo de ascensão, a companhia chegou a ser responsável por mais de 70% das vendas de cigarros eletrônicos.

Por trás da explosão da Juul estava a popularidade da empresa entre os adolescentes. A empresa fez de tudo para se aproveitar da ingenuidade dos consumidores mais jovens, apostando em festas de divulgação, hashtags nas redes sociais e marketing pesado em canais como Nickelodeon e Cartoon Network, além da revista Seventeen.

“Juul tentou recrutar celebridades e influencers com milhões de seguidores – como Miley Cyrus, Cara Delevingne e Kristen Stewart – para divulgar os produtos. Além disso, distribuiu centenas de cigarros eletrônicos gratuitos para aumentar o engajamento da marca”, explica um relatório do procurador-geral do estado de Massachusetts.

Eventualmente, o governo fechou o cerco contra a empresa, e proibiu a venda de cartilhas saborizadas para os cigarros eletrônicos. Além disso, em 2018, a empresa fez um acordo milionário com o Center for Environmental Health para não ser forçada a encerrar suas atividades.

Na mesma época, os produtos da Juul foram banidos em vários países, como Índia e Israel. Para encerrar mais de 10 mil processos judiciais relacionados à epidemia adolescente de tabagismo, a empresa pagou uma indenização de 1,2 bilhão de dólares. 

Só no ano passado, por exemplo, a Juul perdeu mais de 250 milhões de dólares em valor de mercado, passando a corresponder apenas a 37% das vendas de cigarros eletrônicos nos Estados Unidos.

Você já pode conferir todos os episódios de Big Vape na Netflix.

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