Atenção! Contém spoilers de Bridgerton!
Bridgerton acompanha a história da Família Bridgerton, um clã de aristocratas vivendo em Londres durante o período da Regência, no início do século XIX.
Mesmo durando poucas décadas, a Regência é conhecida como uma época de grandes avanços e tendências diferenciadas nas belas-artes, arquitetura, moda e etiqueta.
Bridgerton foca principalmente na primogênita dos Bridgerton: Daphne. A jovem procurar pelo amor verdadeiro e um casamento à altura após ser apresentada à sociedade em 1813 pela Rainha Charlotte.
Enquanto lida com as expectativas da elite, Daphne é obrigada a lidar com os escandalosos boatos divulgados pela Lady Whistledown, a misteriosa autora de um “boletim de fofocas” publicado semanalmente.
Segundo o site Digital Spy, uma cena polêmica da primeira temporada deixou outras séries de época – como Outlander – no chinelo.
Confira abaixo!
Passo importante
Shonda Rhimes fez questão de adotar um tom feminista em Bridgerton! A produção de época toca em algumas das questões mais importantes para as mulheres, além de contar com uma inovadora cena de masturbação feminina.
Vale lembrar que a cena é centrada no prazer feminino, acompanhando a jornada de autodescoberta da protagonista da série.
Caracterizações saudáveis do prazer feminino são mais comuns hoje em dia, com produções de época abrindo o caminho na TV e cinema.
Mesmo assim, o estímulo vaginal e do clitóris é basicamente um território não explorado no gênero.
Em Bridgerton, a heroína Daphne descobre o próprio prazer em uma ferramenta narrativa pioneira, que expõe a hipocrisia do binarismo sexual, especialmente em tempos mais antigos.
Na trama da série – e na vida real – o ato sexual era visto como uma atividade extremamente heteronormativa, centrando sempre no prazer dos homens e “dever” das mulheres.
Sendo assim, o sexo deixava de ser uma atividade prazerosa e se tornava uma “tarefa”, algo que as mulheres deveriam suportar para agradar os maridos e, é claro, gerar herdeiros.
Além disso, o sexo era reservado exclusivamente para mulheres casadas. Se uma jovem optasse por seguir os instintos e descobrir o prazer antes do casamento, seu status social era imediatamente prejudicado.
Em um sistema que considera a virgindade a qualidade mais atrativa em uma mulher, jovens respeitáveis não podiam conhecer os próprios corpos. Enquanto isso, homens ficavam livres para affairs e visitas a prostíbulos e amantes.
Com a inovadora cena de masturbação, Bridgerton mostra que mulheres sempre tiveram desejos sexuais e necessidades corporais. O fato da protagonista Daphne tomar o desejo nas próprias mãos completa o tom feminista da produção.
A primeira temporada de Bridgerton já está disponível na Netflix.