Trama épica

Chefe de Vikings: Valhalla abre o jogo sobre erros históricos da série

Produção da Netflix é criticada por imprecisões na caracterização de personagens e cenários

Sucesso na Netflix, Vikings: Valhalla já acumula fãs no mundo inteiro. O primeiro derivado de Vikings chegou à plataforma recentemente, e está fazendo um ótimo trabalho ao contar as histórias de heróis nórdicos como Leif, Freydis e Harald. Porém, muitos espectadores perceberam que a série conta com uma quantidade considerável de inconsistências históricas. Em uma entrevista recente, o showrunner da produção discutiu o assunto.

“Nesta sequência de Vikings, cem anos se passaram. Uma nova geração de heróis lendários cria seu destino e faz história”, afirma a sinopse oficial de Vikings: Valhalla na Netflix.

Vale lembrar que Vikings também foi alvo de críticas por modificar aspectos importantes da história de seus personagens – algo que nunca diminuiu a audiência da produção.

Confira abaixo o que Jeb Stuart, o chefe de Vikings: Valhalla e showrunner da produção na Netflix, falou sobre os “erros históricos” da série.

Confira o "antes e depois" do elenco de Vikings: Valhalla

Vikings: Valhalla tem erros históricos na Netflix?

“Podemos enxergar eventos históricos por milhões de perspectivas diferentes. Nós fizemos muitos estudos. Quando fui chamado para comandar a produção, comecei a absorver tudo que eu podia sobre o assunto”, comentou Jeb Stuart.

Jeb revelou que teve três anos para se preparar para o lançamento da série, enquanto Vikings lançava sua temporada final.

Nesse período, Jeb e um time de roteiristas analisaram registros históricos para definir a narrativa de Leif Eriksson, o protagonista interpretado por Sam Corlett.

O que tornou o processo ainda mais complicado é o fato de grande parte da história dos Vikings ter sido perdida no decorrer dos séculos, já que os povos nórdicos não tinham a cultura da escrita.

“Nós não sabemos muito sobre os Vikings originais. Eles não tinham linguagem escrita, o que torna a documentação muito complexa”, explicou o showrunners.

Estudiosos da história nórdica contam com histórias individuais e poemas escritos séculos após os eventos originais.

“Eles nos deixaram sagas. Mas as sagas só foram escritas uns 200 anos após o final dessas histórias. Pior ainda: foram escritas por cristãos”, comentou Stuart.

O showrunner também se defendeu das críticas da audiência, afirmando que as modificações aconteceram apenas em aspectos pouco importantes.

“No final, nós produzimos uma série autêntica. Nós modificamos algumas datas e personagens, mas o panorama histórico está lá”, afirmou o showrunner.

Em outra entrevista, o roteirista Morgan O’Sullivan garantiu que a série tem o maior nível de autenticidade possível.

“Em Vikings, um dos integrantes mais importantes da equipe de produção era o Justin Pollard, nosso consultor histórico. Era ele quem fazia toda a pesquisa, e quando começamos Valhalla, ele passou a colaborar com o Jeb. Nós tivemos muitos meses de pesquisa antes de produzirmos os roteiros, um período essencial”, explicou O’Sullivan.

A 1ª temporada de Vikings: Valhalla já está disponível na Netflix.

Sair da versão mobile