Sucesso na Netflix, A Filha Perdida é baseado no livro de mesmo nome lançado por Elena Ferrante, uma das escritoras mais populares da atualidade. Como é de costume em adaptações literárias para o cinema ou TV, certos aspectos da trama original foram modificados. A revista Elle explicou as principais mudanças na história de Olivia Colman e Dakota Johnson, das páginas para as telas; veja abaixo.
“As férias pacatas de uma mulher à beira-mar mudam de rumo quando sua obsessão por uma jovem mãe hospedada nas proximidades traz à tona antigas lembranças”, afirma a sinopse oficial do longa, divulgada pela Netflix.
A Filha Perdida é o primeiro projeto de Maggie Gyllenhaal na cadeira de diretora. A cineasta foi muito elogiada por sua estreia, e tem tudo para figurar nas principais premiações da indústria do entretenimento.
Junto com Olivia Colman e Dakota Johnson, o elenco de A Filha Perdida conta também com Ed Harris, Paul Mescal, Dagmara Domińczyk, Jack Farthing, Oliver Jackson-Cohen e Peter Sarsgaard.
As mudanças de A Filha Perdida – Do livro para a Netflix
Na adaptação de Maggie Gyllenhaal, a estrutura narrativa de A Filha Perdida fica relativamente intacta. A principal diferença envolve a nacionalidade dos personagens: no livro de Elena Ferrante, eles são italianos, e no filme, americanos.
Outra mudança importante envolve o próprio estilo narrativo da história. No livro, a trama é escrita em primeira pessoa. Ou seja: grande parte do enredo acontece somente na mente de Leda.
No filme, as memórias do passado de Leda se transformam em flashbacks, mostrados com uma nitidez desconcertante que contrasta com os eventos atuais.
Mas são as interações de Leda com os homens da cidade – o salva vidas Will e o caseiro Lyle – que sofrem as maiores alterações.
Na obra de Elena Ferrante, Leda é bem mais sincera em sua mente do que na vida real. Em seu jantar com Will, por exemplo, a protagonista de Olivia Colman imagina por qual das filhas Will se sentiria mais atraído.
Já no filme de Maggie Gyllenhaal, os pensamentos de Leda sobre as filhas se transformam em um monólogo, que é entregue diretamente a Will.
A relação de Leda e Nina
No filme da Netflix, Leda e Nina criam uma grande conexão pela maneira como enxergam o processo da maternidade.
Mas no livro, essa relação começa de maneira relativamente diferente. Leda revela informações importantes sobre seu passado na frente de toda a família de Nina, o que leva a personagem a se aproximar da protagonista como um ato de provocação aos familiares.
Já no longa de Maggie Gyllenhaal, Leda compartilha as informações com Nina de maneira privada, o que estabelece o relacionamento das personagens como algo particular, sem qualquer relação com a família da jovem.
Outra mudança importante acontece também na caracterização do relacionamento de Leda com as filhas e o ex-marido.
Na verdade, uma personagem importante do livro nem chega a ser mencionada no filme. Lucilla é a esposa de um colega de Gianni (o marido de Leda), que ao criar uma rápida conexão com as filhas de Leda, “prova” que a protagonista de Olivia Colman não é uma boa mãe.
O livro expressa também que após a separação de Leda, Gianni e Lucilla viveram um affair.
A Filha Perdida está disponível no catálogo brasileiro da Netflix.