Fuja, da Netflix, tem atraído a atenção de muitos fãs. Nas redes sociais, contudo, muito estão comparando o filme a outro clássico suspense.
Muitos estão comparando o filme a Louca Obsessão, clássico de 1990 estrelado por Kathy Bates e James Caan. O longa-metragem garantiu o prêmio de melhor atriz à Bates.
“Okay, Fuja na Netflix está certamente passando um ar de Louca Obsessão”, tuitou uma fã.
“Sarah Paulson está ótima nesse thriller psicológico inspirado em Louca Obsessão. O filme não passa de 90 minutos. Ainda assim, é um decente filme que entretém em uma noite silenciosa”, tuitou uma página no Twitter.
“Assistindo Fuja na Netflix e está passando uma atmosfera de Louca Obsessão”, tuitou outro fã.
“Assisti Fuja na Netflix e é brilhante! Parece com Louca Obsessão”, escreveu uma fã.
Veja os tuites originais, abaixo.
As inspirações reais de Fuja
O mais novo filme de suspensa da Netflix traz Kiera Allen. Ela vive uma jovem cuja aparentemente cuidadosa e perfeita mãe esconde um terrível e potencialmente fatal segredo.
Embora a trama de uma criança ou adolescente com deficiência seja bastante familiar, Fuja não é baseada em uma história particular.
Ao invés disso, o filme se inspira em vários casos reais e fictícios de Síndrome de Munchausen por Procuração. Também conhecida como “transtorno factício imposto a outrem”.
A doença mental foi descrita originalmente em 1977 pelo pediatra Roy Meadow como uma espécie de abuso infantil. Cuidadores (na maioria das vezes mães) provocam de forma deliberada ou informam falsamente a existência de alguma doença em crianças. Isso como forma de chamarem atenção para si mesmos.
Em uma das maiores reviravoltas de Fuja, é revelado que Chloe na verdade não é a verdadeira filha de Diane. Após ser roubada do hospital, ela teve a deficiência causada pela ação da própria sequestradora – com o uso excessivo de remédios.
Embora não seja citado como uma influência direta pelo criador de Fuja, é difícil não lembrar do caso de Gypsy Rose Blachard e sua mãe abusiva Dee Dee. Nesse caso, o assassinato foi orquestrado pela própria filha.
O caso foi relatado inicialmente em um artigo do BuzzFeed, e depois trazido às telas na série The Act, exibida pela Hulu. A produção rendeu o Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante para Patricia Arquette, a intérprete de Dee Dee.
Dee Dee Blanchard era vista como uma incrível e altruísta mãe, que havia sacrificado sua vida inteira para cuidar das várias doenças e deficiências da filha Gypsy Tose.
Mas na verdade, a realidade do relacionamento entre mãe e filha era muito mais obscura.
Gypsy era essencialmente torturada por Dee Dee, forçada a se submeter a inúmeros tratamentos invasivos e cirurgias baseados apenas na palavra da mãe.
Na verdade, todos os problemas de Gypsy Rose haviam sido inventados pela mãe, à procura de simpatia dos vizinhos e doações de instituições de caridade.
Embora Fuja não seja baseada em uma história real, o filme definitivamente reflete os horrores do abuso praticado contra pessoas com deficiência, crianças e todos os outros que não podem denunciar ou se manifestar.
Incrivelmente, o filme é o primeiro thriller de grande alcanço a ser protagonizado por um artista cadeirante desde os anos 70.
Kiera Allen, a intérprete da protagonista Chloe, também anda de cadeira de rodas na vida real.
Fuja está disponível na Netflix.