Já disponível na Netflix, O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas faz um ótimo trabalho ao oferecer um olhar sensível e realista sobre a trajetória (e o fim) de um dos maiores ícones de Hollywood. O documentário também sugere uma teoria surpreendente sobre a morte da estrela – que envolve a participação de uma figura importante da história americana.
“Mergulhe no mistério que envolve a morte de Marilyn Monroe ouvindo entrevistas inéditas com seus amigos mais íntimos neste documentário”, afirma a sinopse oficial de O Mistério de Marilyn Monroe na Netflix.
Produzido por Emma Cooper, o documentário evita as conspirações mais sensacionalistas sobre a morte de Marilyn Monroe, e traça um retrato mais plausível sobre o que realmente aconteceu em 4 de agosto de 1962.
Até hoje, muita gente acredita que a Família Kennedy foi a responsável pela morte de Marilyn Monroe. E no documentário da Netflix, um elemento em particular acabou dando mais força à teoria; confira abaixo.
Marilyn Monroe brigou com Bobby Kennedy na noite de sua morte?
Para apresentar o contexto da morte de Marilyn Monroe, o documentário da Netflix utiliza o áudio real – reinterpretado por atores – de mais de 650 entrevistas conduzidas pelo jornalista Anthony Summer, autor do best-seller Goddess: The Secret Lives of Marilyn Monroe.
Diversas pessoas entrevistadas por Summer – incluindo grandes amigos da estrela e um investigador profissional contratado por Jimmy Hoffa para acabar com a imagem dos Kennedy – afirmam que Marilyn Monroe e Robert Kennedy viviam um affair na época da morte da atriz.
Alguns desses entrevistados também dizem que Monroe estava dormindo com John Kennedy, o presidente dos Estados Unidos, irmão de Bobby.
O livro de Anthony Summer sugere que a família Kennedy tentou esconder um fato importante: Bobby Kennedy (supostamente) estava em Los Angeles na noite da morte de Marilyn Monroe.
E não é só isso: o irmão do presidente americano também teria ligado para Monroe na noite em questão, tentando convencê-la a se encontrar com ele.
“Fontes seguras me contaram que o Bobby havia chegado a cidade no sábado. Ele veio, ficou por um tempo, e depois foi embora. Quem me contou isso foi o FBI”, teria afirmado um “informante”.
De acordo com Fred Otash, um detetive particular que diz ter sido contratado para grampear a casa de Peter Lawford, Robert Kennedy e Marilyn Monroe tiveram uma discussão acalorada na noite da morte da atriz.
“As gravações foram feitas no dia em que ela morreu. O Bobby ligou para ela da casa de Lawford. Foi uma verdadeira briga. Ela dizia ‘Não me incomode, fique longe de mim’. Era uma discussão violenta. Ela também afirmava se sentir ‘usada, como um pedaço de carne’”, revelou o detetive.
A discussão também foi confirmada por Reed Wilson, um especialista em grampos telefônicos.
Na época, os Estados Unidos passavam por um momento extremamente delicado, marcado pela Guerra Fria, a paranoia sobre a “Ameaça Vermelha” e a Crise dos Mísseis em Cuba.
O governo decidiu que o fato de dois dos homens mais importantes do país – John e Robert Kennedy – estarem envolvidos com a mesma mulher seria “perigoso demais”.
A situação ficou ainda mais complexa pelo fato de Marilyn Monroe ser vista como uma “esquerdista” pelas agências governamentais. Por isso, a estrela foi obrigada a cortar relações com os Kennedy, o que provocou danos irreversíveis em sua saúde mental.
“Foi isso que a matou, independente do que os outros digam”, comentou Arthur James, um amigo de longa data da estrela.
O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas está disponível na Netflix.