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Entenda o real significado do final de O Diabo de Cada Dia na Netflix

ALERTA DE SPOILERS

O Diabo de Cada Dia apresenta uma história linear que parece muito bem definir o destino de todos os personagens. Porém, o que é visto no longa não é tão simples quanto parece.

O filme, que faz sucesso na Netflix, esconde alguns significados durante a história – principalmente no final. Quem carrega essa mensagem é justamente Arvin, o personagem de Tom Holland, conhecido por ser o Homem-Aranha da Marvel.

Arvin termina O Diabo de Cada Dia viajando para Cincinnati, depois de ter vingado a irmã, Lenora, ter matado o casal de assassinos em série e o xerife de Knockemstiff. Esse destino do personagem de Tom Holland, porém, deve ser a guerra, como é narrado.

Essa foi a interpretação de alguns fãs. Enquanto isso, outros observam a história do longa da Netflix como o resumo da violência na América.

O diretor Antonio Campos afirmou ao Inverse que o final de O Diabo de Cada Dia pode ter as duas interpretações. Mas, a mensagem do filme é sobre como o país sempre está levando pessoas para guerra, que voltam com consequências terríveis.

A ligação está entre a primeira cena e a última. O filme começa com o pai de Arvin na guerra e termina com o personagem de Tom Holland pensando que deve ir para outra.

“O filme começa no fim da guerra, nesse momento terrível que os soldados observam no campo de batalha, e termina com outro personagem que possivelmente está indo para guerra. O país está no fim da guerra e depois está nos levando para mais uma guerra. Uma guerra que não precisamos lutar que nos custa várias vidas jovens e que leva a uma geração de homens traumatizados e assustados”, explica Campos.

O Diabo de Cada Dia carrega ainda outros significados. O Observatório do Cinema separou abaixo mais algumas possíveis mensagens encontradas no filme da Netflix.

As mensagens em O Diabo de Cada Dia

A primeira está no título do filme da Netflix e que é entendida durante o filme. O mal está em todo lugar.

Primeiro, chega com Willard, o pai de Arvin, da guerra. Como explicou o diretor, o soldado está perturbado – passando por um estresse pós-traumático.

Willard mata o cachorro de Arvin, achando que salvaria a esposa, e depois tira a própria vida. Aqui também está o exemplo de que como não interpretar uma religião – de forma radical. Como pode ser visto, o pai do garoto não tem uma experiência positiva, ao contrário das pessoas que praticam e costumam se sentir bem.

Isso é herdado por Arvin. Willard via “o Diabo de cada dia” e traumatizou o filho com o mesmo sentimento. Isso explica o fato do personagem de Tom Holland ter se tornado um vigilante e ter seguido ao pé da letra o que era dito pelo seu pai.

Por fim, os exemplos de que o mal está em todo lugar é o pastor, vivido por Robert Pattinson, que tira proveito de Lenora ao abusar sexualmente dela, e o casal de assassinos em série. A história deles, inclusive, parece não ter ligação – até o final.

Mas, aqui entra muito bem essa metáfora. O casal de serial killers se conhece no mesmo dia que Willard encontra a mãe de Arvin. Ou seja, a escuridão sempre acompanhou o soldado e esteve próxima o tempo inteiro.

“Em um lugar tomado por corrupção e violência, um jovem enfrenta figuras sinistras para proteger quem mais ama”, diz a sinopse da Netflix.

O Diabo de Cada Dia está disponível na Netflix.

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