Conflitos familiares

Esse filme religioso está dando o que falar na Netflix 

Cada passo em direção à sua mãe biológica é uma jornada rumo ao desconhecido, uma aposta arriscada em busca de respostas e, quem sabe, de paz interior

Cena de Lifemark que está na Netflix
Cena de Lifemark que está na Netflix

Com base em história real, Lifemark, um drama com estilo reminiscente dos filmes da Hallmark, lançado em 2022, é um filme cristão pró-vida que explora as complexidades e as alegrias da adoção e está na plataforma da Netflix.

Num enredo melodramático e não linear, que transita entre o futuro e o passado para contextualizar os eventos, a trama segue a jornada de David Colton (Raphael Ruggero), um adolescente exemplar no ensino médio, cuja vida é transformada quando é incentivado por um professor a participar de um concurso de redação com o tema da família.

Esse convite é ampliado não apenas pela admiração que seus colegas têm por ele, mas também porque David é um filho adotivo, entregue à sua família ainda na maternidade. Apesar de nunca ter conhecido seus pais biológicos, David é instigado pela descoberta de uma doença congênita e hereditária a buscar informações sobre suas origens biológicas.

Os pais adotivos de David, Jimmy (Kirk Cameron) e Susan (Rebecca), enfrentaram a dor de perder dois filhos. Susan lida com uma síndrome devastadora que resulta em abortos espontâneos sempre que ela engravida.

A esperança do casal estava à beira do esgotamento quando a oportunidade de adotar David surge, trazendo um novo fôlego de vida. No entanto, quando a doença de David é diagnosticada, Susan é assolada por um pesadelo que ela jamais imaginou ter que enfrentar novamente: o temor de perder mais um filho. 

Flashbacks revelam toda a jornada de luto e sofrimento que precedeu a adoção de David, oferecendo insights sobre os motivos que levaram Melissa (Dawn Long) e Brian (Lowery Brown) a entregar seu filho nas mãos de estranhos. Grávida na adolescência, Melissa e Brian enfrentaram inúmeras dificuldades financeiras e a ausência de perspectivas para proporcionar um futuro estável para seu bebê, levando-os a tomar a difícil decisão de colocá-lo para adoção.

Raphael Ruggero faz David Colton em Lifemark

Passagem de tempo em Lifemark

Dezoito anos depois, já estabelecidos em suas vidas com novos parceiros e trajetórias totalmente distintas, Melissa e Brian são surpreendidos pelo desejo de seu filho de se reconectar com eles. O filme retrata a complexidade emocional de lidar com essas situações e explora a relação de David com seus pais adotivos e biológicos, assim como as reações de cada um diante desse novo contato.

Melissa, que nunca deixou de pensar em seu filho, sente um profundo desejo de reencontrá-lo e de reconciliar-se com ele, embora tenha incertezas sobre como ele a percebe. Todos os conflitos internos e externos são revelados ao longo do desenrolar dessa história, que pode servir como inspiração e aprendizado para muitos.

O filme retrata ainda situações de vida que nem sempre refletem a realidade da maioria das pessoas. Todos os personagens são apresentados como bem-sucedidos e bem-resolvidos, o que pode tornar difícil para o público se identificar com suas experiências, especialmente para aqueles que enfrentam desafios mais comuns do dia a dia.

Lifemark, está disponível na Netflix, é dirigido por Kevin Peeples, e um filme de baixo orçamento produzido pelo estúdio Kendrick Brothers, uma empresa cristã de Albany conhecida por sua especialização em filmes evangélicos. Fundada em 2013, a produtora acumula uma variedade de obras em seu catálogo, incluindo sucessos como Quarto de Guerra e Desafiando Giga.

Confira o trailer do filme Lifemark, disponível na Netflix:

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