Não vingou

Esse problema é o motivo do fracasso de Vikings: Valhalla

Vikings: Valhalla não teve o mesmo sucesso da série original

Vikings: Valhalla
Vikings: Valhalla

Vikings trouxe um relato fascinante da lenda de Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel). A série narra a jornada de Ragnar, de simples fazendeiro a rei escandinavo, responsável por saques vikings e, eventualmente, pela colonização de comunidades em toda a Europa. Vikings reuniu seis temporadas de histórias inspiradas nas sagas medievais escandinavas.

A sequência da Netflix, Vikings: Valhalla, retoma a saga viking muito depois da morte de Ragnar. Assim como a linha do tempo complexa de Vikings, a cronologia de Valhalla também condensa eventos históricos, o que pode tornar a história difícil de acompanhar. Vikings: Valhalla narra as aventuras dos últimos grandes heróis lendários da Era Viking.

Assim como Vikings, muitos dos enredos de Valhalla estão conectados a eventos históricos reais. A série de três temporadas, que acompanha principalmente os irmãos vikings Leif Erikson (Sam Corlett) e Freydís Eiríksdóttir (Frida Gustavsson), começa cerca de um século após a morte de Ragnar, com o Massacre do Dia de São Brice, em 1002 d.C. No entanto, enquanto o final da série mostra a ascensão de Harald como rei viking após a morte de Magnus, a idade e as experiências dos personagens não coincidem exatamente com suas contrapartes históricas.

Vikings: Valhalla
Vikings: Valhalla

Vikings: Valhalla é confusa demais

Para entender onde Valhalla se encaixa, é importante revisitar Vikings. No início da série, os saques sazonais já são parte fundamental da vida viking. Ragnar desafia seu conde ao liderar um saque rumo ao oeste, o que resulta em ataques lucrativos na Inglaterra. Esses saques ajudam Ragnar a subir ao poder, tornando-se conde e, depois, rei de Kattegat. Ao longo das temporadas, ele tem cinco filhos e lidera ataques bem-sucedidos, como o cerco a Paris.

Após a morte de Ragnar, seus filhos buscam vingança, liderando o Grande Exército Pagão contra os reinos ingleses, o que culmina na criação do Danelaw. Ao final de Vikings, seu filho Bjorn se torna rei de Kattegat, enquanto Ubbe explora a Islândia e a América do Norte. Essa narrativa é fundamental para a compreensão de Valhalla, que começa quando os vikings estão se adaptando às novas culturas.

Em Vikings: Valhalla, Leif e Freydís viajam da Groenlândia para Kattegat em busca de vingança contra Jarl Olaf Haraldsson. Leif navega para a Inglaterra com Harald Sigurdsson, enquanto Freydís se torna a líder de Jomsborg, o último refúgio seguro para pagãos. Ao final da série, os irmãos se reúnem, e, juntos, lideram refugiados pagãos em direção à Groenlândia.

A série Valhalla também toma várias liberdades com as datas históricas, assim como Vikings. Enquanto os eventos estão conectados a figuras históricas, a linha do tempo pode ser confusa. Assim como a lenda do Rei Arthur, a existência real de Ragnar é debatida, apesar de sua história coincidir com eventos reais, como o Cerco de Paris em 885.

Foi essa confusão que acabou condenando Valhalla, alienando sua base de espectadores.

Vikings: Valhalla está disponível na Netflix.

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