Bangkok se tornou um epicentro de crimes e agitação na Ásia, como retratado no novo filme da Netflix, Bangkok no Limite: Entre o Inferno e o Paraíso. Nos últimos tempos, a violência em Bangkok não se limita apenas às ruas, mas também é consequência de políticas governamentais controversas que causam revolta generalizada.
Uma dessas políticas recentes permite que empresas estrangeiras comprem terras para fábricas e edifícios. Isso está desalojando milhares de trabalhadores de baixa renda e migrantes de suas casas sem qualquer compensação.
Os protestos que surgiram contra essa medida foram violentamente reprimidos pelo governo, que não hesitou em enviar a polícia para abrir fogo contra manifestantes, independentemente de serem adolescentes, idosos, mulheres ou até crianças. Jornalistas também foram alvos, com câmeras confiscadas para impedir que os abusos fossem divulgados.
No filme Bangkok no Limite: Entre o Inferno e o Paraíso, acompanhamos Wanchai, um paramédico dedicado que acaba envolvido em uma trama de sequestro. Após ser injustamente demitido, ele é sequestrado por Sin e sua gangue durante o sequestro de uma menina, filha de Wichai, um magnata e CEO da Idea Tech Corporation, a empresa por trás da polêmica venda de terras. Sin, um criminoso endurecido, aceita o trabalho com a esperança de ganhar 2 milhões e deixar o mundo do crime, mas as coisas saem do controle quando a menina escapa.
Além de Wichai, que contrata assassinos ex-militares para resgatar sua filha, outros personagens estão em busca da menina, como Darlie, um traficante de drogas e sequestrador de pessoas para venda de órgãos. Darlie vê no caos da cidade uma oportunidade de lucro, buscando exigir um resgate milionário pelo retorno da criança. Ele também coloca uma recompensa pela captura de Wanchai, criando uma caçada implacável.
A trama se intensifica quando Sin e sua equipe conseguem encontrar a menina, mas são traídos por Chop, que tenta matá-los e fugir com o dinheiro. Sin o elimina, e o grupo percebe que a única saída é escapar do Projeto Habitacional Rumjai, onde estão cercados por criminosos e caçadores de recompensas. Nesse meio tempo, Wanchai luta para proteger a criança.
É também revelada a figura de Tia Malee, uma criminosa que se disfarça de filantropa. Ela utiliza o Projeto Habitacional Rumjai como base para seus negócios ilegais, incluindo o tráfico de drogas e de órgãos. Sob a fachada de caridade, ela explora migrantes pobres, forçando-os a trabalhar em suas operações ilícitas. Qualquer corpo não reclamado no necrotério é aproveitado para a extração de órgãos.
O que acontece no fim de Bangkok no Limite: Entre o Inferno e o Paraíso
No desenrolar dos acontecimentos, descobrimos que Tia Malee tem fortes ligações com políticos corruptos, financiando suas campanhas em troca de proteção para seus negócios.
Ela também foi responsável pelo sequestro da filha de Wichai, tentando chantageá-lo para desistir da reestruturação do Projeto Habitacional, o que destruiria seu império criminoso. À medida que a situação foge ao controle, ela ordena que todas as provas sejam destruídas e que Sumeth, líder dos protestos, seja incriminado.
Ao final do filme, Wanchai consegue salvar a menina e entregá-la às autoridades, enquanto Sumeth é preso pelo sequestro.
O governo, por sua vez, decide cancelar o projeto de reestruturação, embora as razões por trás disso permaneçam obscuras. Apesar de tudo, Wichai evita falar com a imprensa, e Tia Malee, confiante, ainda provoca Wichai, sugerindo que ele terá outras oportunidades no futuro.
No desfecho, Wanchai recebe um prêmio de cidadão e é reinstalado como paramédico, enquanto Meiji, uma personagem importante, consegue se formar como enfermeira. Apesar do caos e da corrupção, há uma sensação de justiça sendo parcialmente restaurada, pelo menos para os personagens centrais.
Bangkok no Limite: Entre o Inferno e o Paraíso está disponível na Netflix.