Em seu documentário na Netflix, a assassina confessa Elize Matsunaga revela que seu maior desejo é rever a filha, com quem não tem contato desde a época do crime. No entanto, para concretizar seu objetivo, Elize terá que enfrentar a família de Marcos, que promete lutar para evitar que qualquer tipo de relação aconteça.
Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime destacou-se no catálogo brasileiro e na programação internacional da Netflix, deixando os espectadores chocados com a história de um dos assassinatos mais famosos do Brasil.
Em 2012, Elize matou e esquartejou o marido Marcos Matsunaga. A detenta da Penitenciária de Tremembé explica que tomou a atitude impensada após uma discussão acalorada com o herdeiro do grupo Yoki, que a estava traindo com outra garota de programa.
Atualmente em regime semi-aberto, Elize Matsunaga deve ficar presa pelo menos até 2028. Mesmo após ser libertada, a protagonista da série da Netflix tem chances de nunca mais rever a filha. Veja abaixo tudo sobre essa história.
Elize Matsunaga e a filha – Relação conturbada
A filha de Elize Matsunaga, que nunca chegou a ter o nome divulgado, tem atualmente 10 anos de idade. Na época do crime, a pequena tinha apenas 1 ano e 7 meses.
Elize luta há vários anos para rever a menina. No documentário da Netflix, a assassina confessa afirma que só aceitou participar da produção para revelar sua versão da história para a garota.
A detenta diz também que só vai revelar certos detalhes do crime em uma conversa com a filha, caso ela queira saber de tudo.
Elize já não tem nenhum tipo de contato com a filha por pelo menos 8 anos, não sendo autorizada nem mesmo a ver fotos da garota desde a época de sua prisão.
Atualmente, a garota vive com os avós paternos, pais de Marcos Matsunaga, provavelmente no estado de São Paulo.
Nenhum integrante da família Matsunaga aceitou participar do documentário da Netflix, preferindo manter-se longe da tentativa de Elize de se reconectar com a filha.
Apenas os advogados da família e amigos de Marcos falam sobre as qualidades do herdeiro do grupo Yoki, já que a série foca principalmente no relato de Elize e suas justificativas.
Na época do crime, Elize Matsunaga entrou com processo para manter parte da guarda da filha. Porém, a família de Marcos iniciou uma ação semelhante e conseguiu a guarda integral da menor.
Segundo uma matéria publicada pelo jornal O Globo e repercutida pela TV Record, a família de Marcos teria entrado na Justiça com um processo de destituição do poder familiar.
Ou seja, a família paterna da filha de Elize quer tirar o nome da assassina confessa da certidão de nascimento da garota, impedindo assim o contato das duas mesmo após o cumprimento total da pena de prisão.
De acordo com a apuração do O Globo, a criança não sabe do assassinato do pai pela mãe, sendo “blindada” de qualquer tipo de informação sobre o crime de Elize.
A menina de 10 anos chama os avós de pais, já que não tem memórias de Elize e Marcos.
Quando a filha de Elize tinha 7 anos, uma colega de escola teria contado a ela a história do assassinato de Marcos. A revelação levou os avós da garota a trocarem a menina de colégio, matriculando-a com outro sobrenome.
O processo de destituição de poder parental não tem data para ser julgado. Especialistas acreditam que, mesmo tendo assassinado o marido, Elize tem uma chance considerável de sair vitoriosa na ação.
Afinal de contas, Elize nunca manifestou nenhum tipo de atitude violenta em relação à filha, e mesmo condenada pelo assassinato de Marcos, continua sendo mãe.
“A destituição ou perda do Poder Familiar é a medida mais grave imposta pela legislação brasileira nos casos de descumprimento de relevantes deveres que foram incumbidos aos pais em relação aos filhos menores”, afirma o site Instituto Geração Amanhã sobre o dispositivo legal.
A série Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime está disponível na Netflix.