Atenção! Contém spoilers da primeira temporada de Fate: A Saga Winx.
Você se lembra de O Clube das Winx? A série animada italiana foi exibida no Brasil tanto na TV aberta quanto em canais por assinatura, marcando assim a infância e adolescência de muita gente. Agora, a produção acaba de ganhar um remake live-action na Netflix!
Embora tenha sido produzida para o público-alvo de meninas entre 8 e 13 anos, O Clube das Winx rapidamente conquistou fãs de todas as idades e gêneros – principalmente por suas personagens cativantes e interessante estilo de animação.
Para quem não se lembra, a trama de O Clube das Winx é ambientada em um mundo mágico habitado por fadas, bruxas e diversas criaturas míticas.
Fate: A Saga Winx mal estreou e já vem sido criticada por diversos aspectos de sua trama e caracterização dos personagens.
O site Digital Spy falou sobre um desses problemas; confira abaixo!
Problemas na diversidade
Muitos fãs criticam Fate: A Saga Winx pelo “branqueamento” de personagens como Musa e Flora – que teve o nome modificado para Terra. Porém, segundo o Digital Spy, a trama que mais sofre no remake de Clube das Winx é a de Dane.
Como um homem negro e queer, Dane é forçado a suportar clichês em dobro, no que poderia ter sido uma exploração sincera e respeitosa dessas duas identidades.
Mas qual é o problema da trama de Dane?
Em uma referência à clichês e histórias dos anos 90, Dane se apaixona por um valentão, que eventualmente o “tira do armário” no Instagram, tudo sem o consentimento do personagem.
Ao invés de explorar as ramificações dessa trama tão batida, Fate: A Saga Winx faz Dane se encantar com Beatrix, outra personagem com tendências vilanescas – que também não está nem aí para ele.
Assim como Aisha, Dane age como um catalisador para as histórias dos personagens brancos. Quando Riven toma atitudes homofóbicas contra Dane, nenhum personagem o critica – e a trama da série também parece não se importar.
Essa característica pode ser extrapolada para toda a trama da série. Fate é baseada em um desenho sobre fadas, que fazia sucesso principalmente com meninas e garotos queer. Mesmo com um homem gay no comando – o showrunner Brian Young – a série é dolorosamente “hétero”, sofrendo com a falta dos elementos divertidos e coloridos da animação original.
Isso não significa que pessoas da comunidade LGBTQ só podem curtir filmes e séries com as características citadas, mas sim que todos os envolvidos na produção parecem ter lutado pela “masculinização” da premissa original.
Em uma entrevista ao site The Guardian, Brian Young celebra a dita representatividade da produção da Netflix.
“Na nossa série, garotos podem ser fadas e garotas podem ser especialistas. Estamos no século XXI!”, comemora o showrunner.
Infelizmente, a “modernidade” de Fate: A Saga Winx acaba destruindo os elementos mais icônicos e queridos do desenho original.