O documentário O Caso dos Irmãos Menendez explora mais a fundo a chocante história real, que foi abordada na série Monstros. Um dos pontos abordados em ambas as produções é por que os irmãos saíram gastando após o assassinato dos pais. Vamos ver qual a justificativa deles para tal.
Quando Erik e Lyle Menendez foram considerados culpados pelo assassinato brutal de seus pais, o mundo estava assistindo.
A família era famosa em Beverly Hills e se tornou uma sensação nos tabloides: Galões de tinta foram derramados e horas de comentários na televisão foram ao ar discutindo os crimes dos irmãos. Agora você pode ouvir a história com as próprias palavras deles.
No documentário O Caso dos Irmãos Menendez, o diretor Alejandro Hartmann examina décadas de material sobre o crime e o julgamento subsequente. O que surge pode não responder às muitas perguntas que ainda cercam o caso, mas oferece outra perspectiva – a dos próprios irmãos, apresentada em entrevistas de áudio totalmente novas.
Em 1996, Lyle e Erik Menendez foram condenados pelos assassinatos de seus pais no que se tornou um dos casos criminais mais famosos do final do século XX. Pela primeira vez em quase 30 anos, e em suas próprias palavras, os dois irmãos revisitam o julgamento que chocou a nação.
Erik e Lyle Menendez foram entrevistados para o filme, que também apresenta novas entrevistas com sua prima Diane Vander Molen e com a promotora Pamela Bozanich.
Compras supostamente foram para enterrar a dor
Os irmãos Menendez afirmam que não mataram seus pais ricos por dinheiro. Mas nos dias e semanas após Kitty e Jose Menendez terem sido assassinados os filhos do casal, Lyle, de 21 anos, e Erik, de 18, foram às compras, gastando US$ 15.000 em três relógios Rolex, conforme testemunhado por uma vendedora de joias durante o primeiro julgamento. E isso foi apenas o começo.
Lyle comprou um Porsche Carrera de US$ 64.000, enquanto Erik optou por um Jeep Wrangler novo.
Ainda naquele ano, Lyle fez um depósito de US$ 300.000 em um restaurante de US$ 500.000 em Princeton, Nova Jersey, onde havia estudado na Universidade de Princeton.
Decidindo não frequentar a UCLA como havia planejado anteriormente, ele desembolsou US$ 50.000 para um treinador de tênis na esperança de se tornar profissional.
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Durante o julgamento dos irmãos em 1993, os promotores se apegaram a essas informações, argumentando que Lyle e Erik atiraram em seu pai, executivo musical de 45 anos, e em sua mãe dona de casa, de 47 anos, à queima-roupa com espingardas calibre 12 por ganância, e agora estavam vivendo a vida com a qual sempre sonharam.
“A ideia de que eu estava me divertindo é absurda”, diz Erik, agora com 53 anos, em uma ligação telefônica gravada da prisão, uma das muitas apresentadas no documentário da Netflix. “Tudo era para encobrir essa dor horrível de não querer estar vivo.”
Após os assassinatos dos pais, Lyle foi visto em uma limusine com motorista e guarda-costas ao seu lado, porque ele disse que temia por sua vida.
Mas Lyle, agora com 56 anos, afirma no documentário: “Eu não estava me divertindo como um playboy, na verdade eu chorava muito à noite, dormia mal, estava muito angustiado em alguns momentos e meio perdido durante todos esses meses.”
Durante o primeiro julgamento em 1993, que terminou com um júri sem veredito, os irmãos testemunharam que não mataram seus pais por dinheiro, mas sim por causa de anos de suposto abuso sexual por parte do pai, o que, segundo eles, sua mãe ignorava.
Julgados pela segunda vez, foram condenados em março de 1996 e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
O documentário traz entrevistas com Lyle e Erik, que falaram com o diretor Alejandro Hartmann em uma série de chamadas gravadas da Donovan Correctional Facility, na Califórnia, onde estão presos atualmente.
Lyle não falava publicamente desde que ele e Erik concederam uma entrevista televisionada a Barbara Walters após o término do segundo julgamento em junho de 1996.
O Caso dos Irmãos Menendez e Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais está disponível na Netflix.
