Ginny & Georgia recentemente se tornou um dos tópicos mais comentados no Twitter em razão de uma cena problemática em que Ginny e Hunter discutem sobre suas etnias. Ambos de dupla etnia, eles menosprezam as origens um do outro, em uma espécie de competição.
Tal cena apenas destaca um problema grave nas séries e filmes da Netflix que trazem protagonistas de etnias duplas ou multiétnicos.
Conforme apontado por Petrana Radulovic, do Polygon, a plataforma de streaming costuma trazer histórias em que protagonistas de dupla etnia são criados por pai ou mãe solteira branca.
Com isso, a pessoa de cor responsável pelo personagem central de cada uma dessas histórias nunca aparece, ou somente é introduzido posteriormente na trama.
Isso pode ser visto em Ginny & Georgia, Para Todos os Garotos que Já Amei, O Clube das Babás, A Grande Luta, dentre outras obras da Netflix.
Enquanto tais filmes e séries trazem diversidade ao trabalharem com protagonistas não brancos, eles deixam de fora importante elemento da representatividade: famílias mais pluralizadas. Com isso, muitos acabam não se sentindo representados ao não verem pais de mais de uma etnia em tela.
Ginny & Georgia na Netflix
A série acompanha a adolescente Ginny e sua mãe Georgia, que se mudam para uma pequena cidade de New England. Um jovem vizinho passa a voltar suas atenções para Ginny, e o dono de um restaurante vira o admirador de Georgia.
Diferente de muitas séries do estilo, Ginny & Georgia não foge de temas polêmicos como saúde mental e racismo.
As cenas mais pesadas foram criadas com a ajuda de psicólogos, que atuaram para garantir o maior nível de honestidade e veracidade.
O elenco de Ginny & Georgia conta com Brianne Howey (The Exorcist), Antonia Gentry (Candy Jar), Diesel La Torraca (Little Monsters), Sara Waisglass (Degrassi), Jennifer Robertson (Schitt’s Creek), Fellix Mallard (Locke & Key), Scott Porter (The Good Wife) e Raymond Ablack (Orphan Black).
A primeira temporada de Ginny & Georgia está disponível na Netflix.