Andrew Colborn, um ex-sargento da polícia de Manitowoc County, em Wisconsin, está processando a produção de Making a Murderer por difamação, após alegar que a série documental “destruiu a sua vida”. Agora, a Netflix quer fugir do processo.
A defesa da Netflix alega que a companhia de streaming funciona apenas como distribuidora e, portanto, não pode ser indiciada por tal. A lei americana prevê que cinemas não podem ser processados em casos difamatórios e a Netflix busca se enquadrar como tal.
A acusação de Colborn dá brecha para essa defesa, visto que apenas alega que a companhia “lançou” a série, não explicitando que a produziu.
O processo de Colborn diz que Laura Ricciardi e Moira Demos, as criadoras da série, acusaram injustamente Colborn de enquadrar Steven Avery e Brendan Dassey pelo assassinato de Teresa Halbach.
A ação também acusa os produtores de Making a Murderer de terem “omitido, distorcido e falsificado fatos materiais e significativos em um esforço para retratar o autor como um policial corrupto que plantou evidências para enquadrar um homem inocente”.
Isto foi feito, continua o processo, “com malícia real e a fim de tornar o documentário mais lucrativo e bem-sucedido, sacrificando e difamando o caráter e a reputação do autor no processo”.
Making a Murderer examina as prisões de Steven Avery e Brendan Dassey pelo assassinato de Teresa Halbach, lançando dúvidas sobre a culpa de Avery.
A série documental acompanha a teoria de que a polícia pode ter guardado rancor e estava tentando acertar contas com Avery após ele ser libertado da prisão após uma acusação de agressão sexual ser refutada por testes de DNA.