O Legado de Júpiter provou ser uma grande decepção na Netflix. Apesar de ser um dos projetos mais ambiciosos da plataforma de streaming, que há anos adquiriu os direitos das obras de Mark Millar, a série em live-action foi um fracasso de audiência e crítica. Super Crooks, por outro lado, corrige muitos dos erros do seriado irmão.
Ambas se passam no mesmo universo e são baseados em quadrinhos de Mark Millar, mas há grandes diferenças nas tramas e nas abordagens de ambos, sem falar no formato como foram adaptadas.
Para começar, O Legado de Júpiter é uma série em live-action, enquanto Super Crooks é um anime. Isso já garante maior liberdade para o segundo, tendo em vista que a animação permite maior flexibilidade nas cenas de ação, dentre muitos outros quesitos.
Mais importante ainda é a maneira como as tramas são trabalhadas em ambas as séries. O Legado de Júpiter traz diversos diálogos expositivos e gira em torno da temática de heróis não serem capazes de fazer jus à ideia que todos têm sobre eles.
Essa questão já foi trabalhada em diversas outras obras, de Watchmen a Batman: O Cavaleiro das Trevas, portanto não há muita novidade na trama como um todo.
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O diferencial de Super Crooks é justamente esse: o anime conta com vilões como protagonistas e nenhum deles é especialmente poderoso, ou até mesmo inteligente.
Isso traz um frescor maior para a obra, que se diferencia de grande parte das produções do subgênero de super-heróis.
Além disso, cada episódio da animação da Netflix traz ao menos uma sequência de ação, o que por si só já prende o espectador, enquanto O Legado de Júpiter conta com cenas de ação mais curtas e em menor frequência.
Com isso, cada episódio de Super Crooks já atrai o espectador para o próximo, enquanto O Legado de Júpiter falhou em fazer isso, sendo um grande desserviço à obra original.
Tanto O Legado de Júpiter, quanto Super Crooks, estão disponíveis na Netflix.
