Anna: O Perigo tem Nome chegou fazendo sucesso na Netflix, e vem agrando o publico por conter muito suspense. Mas não passou ileso da crítica.
Anna Poliatova interpretada por Sasha Luss vive uma vida de aparente glamour e sucesso como uma modelo altamente requisitada por marcas de luxo internacionalmente. No entanto, por trás dessa fachada deslumbrante, ela guarda um segredo sombrio: Anna é uma das assassinas mais perigosas e habilmente treinadas da KGB.
Neste enredo ela enfrenta o desafio constante de equilibrar sua vida dupla enquanto luta para se libertar das amarras opressivas impostas pelo governo russo.
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A dualidade entre sua identidade pública como modelo e sua verdadeira natureza como uma assassina treinada adiciona camadas complexas à personagem de Anna. Enquanto ela desfila pelas passarelas, há uma tensão palpável, já que ela está constantemente ciente de sua verdadeira missão e das habilidades mortais que possui.
O filme promete uma exploração fascinante dos dilemas morais enfrentados por Anna, enquanto ela busca desesperadamente sua liberdade em meio às restrições do governo russo.
O conflito interno de Anna, disposta a tudo para escapar da repressão do governo, cria uma base sólida para um thriller cheio de reviravoltas, traições e revelações. Sasha Luss, com sua interpretação, adiciona profundidade e intensidade ao retrato dessa mulher complexa que desafia as expectativas e os limites impostos a ela.
A critica não perdoou o diretor
Luc Besson, diretor e roteirista que alcançou notoriedade nas décadas de 1980 e 1990, dirigindo filmes marcantes como O Profissional e O Quinto Elemento.
Durante esse período, ele se estabeleceu como um dos cineastas mais promissores da época. No entanto, ao longo dos anos, sua carreira passou por altos e baixos, culminando em recepções adversas para suas produções mais recentes, notadamente Lucy e Valerian e a Cidade dos Mil Planetas.
A trajetória de Besson como cineasta, que antes era considerado uma figura promissora, sofreu críticas à medida que suas últimas obras foram percebidas como decepcionantes tanto pelo público quanto pela crítica especializada. O filme Anna – O Perigo tem Nome, mais recente em sua filmografia, não escapou dessas avaliações negativas, acrescentando-se à necessidade percebida de uma reinvenção urgente para o diretor francês.
Anna compartilha notáveis semelhanças com outro clássico de Besson, Nikita, ao centrar-se em uma protagonista que busca incessantemente por sua liberdade, confrontando diferentes obstáculos impostos por diversas figuras ao longo da narrativa. A personagem-título, interpretada por Sasha Luss, desempenha o papel de modelo enquanto está envolvida em atividades do serviço secreto russo KGB, após ter sido treinada pela organização para realizar execuções.
O filme opta por explorar a vida da protagonista por meio de diferentes linhas temporais, uma escolha de narrativa que, segundo a crítica, pode ter sido um desacerto.
A análise sugere que a exposição explícita das datas ao longo do filme, quando combinada com a necessidade de revisitar momentos previamente apresentados para revelar reviravoltas na trama, pode comprometer a experiência do espectador.
Enfatiza ainda que a narrativa fragmentada de Anna poderia ter sido executada de forma mais fluida, preservando a surpresa dos eventos ao invés de antecipá-los através de repetidas referências. Essa escolha, segundo a análise, tornou-se especialmente evidente quando o filme retorna a cenas já vistas para revelar elementos fundamentais da trama.
Outro ponto sugere que Luc Besson urgentemente de uma reinvenção artística para recuperar o brilho que marcou seus primeiros anos como cineasta.
Veja o trailer de Anna: O Perigo tem Nome que agora está na Netflix:
