Lançamentos da Netflix ocasionalmente entram no top 10 da plataforma, mas, vez ou outra, vemos algo que está na plataforma há anos, inexplicavelmente, fazer sucesso. Esse é o caso de Mogli: Entre Dois Mundos.
Trata-se de uma adaptação sombria e mais realista do clássico de Rudyard Kipling, dirigida por Andy Serkis, conhecido por viver o Gollum nos filmes de O Senhor dos Anéis.
O filme segue Mogli, um garoto humano criado por lobos na selva indiana, enquanto ele luta para encontrar seu lugar entre o mundo dos animais e o dos humanos. Mogli enfrenta perigos tanto na selva quanto fora dela, com a sombra constante de Shere Khan, o tigre implacável que o persegue, e a tensão de ser diferente dos dois mundos em que tenta se encaixar.
A visão de Andy Serkis para o filme difere significativamente da abordagem da Disney.
Enquanto as adaptações da Disney, tanto a animação de 1967 quanto o live-action de 2016, optam por um tom mais leve e familiar, Mogli: Entre Dois Mundos mergulha na complexidade emocional e psicológica do protagonista.
A história é mais focada no conflito de identidade de Mogli e sua busca por pertencimento.
Além disso, o filme explora temas como colonialismo, natureza selvagem e civilização de maneira mais madura e sombria. O visual da produção, com uso de captura de movimento avançada, reforça o realismo das criaturas e o ambiente da selva.
Mogli: Entre Dois Mundos foi detonado pelos críticos e pela audiência
O que surpreende o fato do filme fazer sucesso na Netflix é que ele foi muito mal recebido, tanto pelos críticos, quanto pela audiência, quando estreou originalmente.
A obra conta com meros 52% de aprovação no Rotten Tomatoes. O consenso da crítica diz: “Mogli: Entre Dois Mundos traz efeitos especiais impressionantes para o lado mais sombrio de seu material de origem clássico, mas perde o controle do coração da história ao longo do caminho”.
Vamos ver se, agora, depois de tantos anos desde a estreia, a opinião pública sobre ele vai mudar.
Mogli: Entre Dois Mundos está disponível na Netflix.