Montar uma revista não é tarefa fácil. Todos deviam saber.
O programa mais recente da Netflix, The Bold Type, traça a vida e os amores de três amigas que trabalham na revista feminina global Scarlet enquanto elas lutam para encontrar suas identidades, gerenciar amizades e encontrar o amor.
A série mal chegou à Netflix do Brasil e já faz parte do Top 10 de conteúdos mais vistos do serviço de streaming, então continue lendo para descobrir por que está conquistando tantos fãs.
Amizade
A série dramática, inspirada na vida da editora de revistas e executiva de longa data Joanna Coles, que atua como produtora executiva, investiga o estilo de vida nova-iorquino das amigas Kat, Jane e Sutton.
Tem vibrações óbvias de Sex in the City enquanto as amigas se aventuram no armário de moda da revista. Mas há mais na série popular do que batom e saltos bonitos.
Por trás da frivolidade peculiar encontra-se um novo conceito que atinge uma ampla variedade de questões no clima político e social de hoje. Estas são as protagonistas que poderiam ser (e têm sido) facilmente descartadas como fashionistas vazias, mas o sucesso surpreendente do programa deve-se aos problemas reais que elas encontram.
Relacionamentos
Kat é a chefe de mídia social da revista. Ela também está experimentando sua sexualidade. Ela é uma protagonista de raça mista confiante que decide desafiar o status quo para fazer mudanças.
Jane é redatora da revista. Sua mãe morreu de câncer de mama quando ela era criança. Ela é protegida e nerd, mas a vemos crescer dentro de si à medida que faz o teste para o gene BRCA e tem que tomar algumas decisões de mudança de vida sobre seu futuro.
Sutton finalmente segue seu sonho e conhece o príncipe encantado ao longo do caminho. Mas ela está determinada a criar sua própria vida de conto de fadas.
Nova onda feminista
As amigas são honestas, destemidas e ferozmente leais. A série aborda pornografia, brinquedos sexuais, homofobia, privilégio dos brancos, justiça para sobreviventes de estupro, fertilidade, alcoolismo e consentimento.
No entanto, The Bold Type foi criticada por sua “perfeição estilizada” pela revista New Yorker.
“Ao filtrar tópicos de episódios muito especiais relativos a raça, classe e sexualidade por meio de um drama vazio, o seriado produz uma espécie de prazer bifurcado de comédia romântica: é divertido acompanhar o programa quando é comicamente improvável, mas ele pode te afetar inesperadamente quando se direciona para a realidade.”
Uma das coisas mais agradáveis de The Bold Type é a maneira como as escolhas profissionais de suas personagens são mostradas como íntimas, complexas e importantes como qualquer outra coisa sobre elas.
É sobre amizade feminina. Do tipo ousado, apresentando um mundo onde as mulheres apoiam e elevam umas às outras no local de trabalho e onde as esposas que trabalham são um estilo de vida.
O foco é que as mulheres tenham voz e sejam donas de si mesmas. Mostra o que acontece quando as mulheres apoiam umas às outras no local de trabalho.
Acima de tudo, também é sobre por que é tão importante ter uma mentora.