Sweet Tooth é ambientada em um futuro pós-apocalíptico marcado por modificações biológicas. A trama pode ser bastante familiar para fãs de The Walking Dead, que têm tudo para “adotar” a nova produção da Netflix como uma das mais queridas.
Na trama, a humanidade é quase destruída por um vírus terrível, que começa a ser transmitido na mesma época em que híbridos de humanos e animais passam a aparecer no mundo todo.
A história é protagonizada por Gus, um tímido e ingênuo garoto metade humano e metade cervo, que vive nas florestas de Nebraska com o pai doente e instável.
Quando seu pai finalmente sucumbe à enfermidade, Gus fica completamente sozinho no mundo, e é quase sequestrado por um grupo de humanos perigosos – até ser salvo pelo misterioso andarilho Jepperd.
Em uma entrevista ao site Digital Spy, o criador da série falou sobre as diferenças entre a produção e os quadrinhos; confira abaixo!
Sweet Tooth é a anti-The Walking Dead
“Eu sempre gostei de histórias de distopias, ficções pós-apocalípticas. Sempre quis produzir a minha própria versão desse gênero”, afirma Jeff Lemire, o criador de Sweet Tooth.
Mas fazer algo assim não é tão fácil. Como o próprio autor aponta, o cinema e a TV já contam com uma “longa trajetória” de narrações apocalípticas. Entre franquias como The Walking Dead e The Last of Us, o gênero continua a fazer sucesso de diversas maneiras, apostando sempre em histórias de sobrevivência.
Enquanto as HQs originais de Jeff Lemire eram tradicionalmente obscuras, o showrunner Jim Mickle decidiu realizar uma importante mudança no tom da trama
“Eu procurei apresentar um novo estilo para histórias apocalípticas, algo mais parecido com um conto de fadas. Em Sweet Tooth, esse conceito é muito importante, já que o próprio Gus vem da natureza”, comentou o produtor.
Segundo a produtora-executiva Susan Downey, Sweet Tooth se diferencia de séries como The Walking Dead por não apresentar um mundo destruído, mas sim renovado pelo “apocalipse”.
“A ideia é que a natureza assume o controle. Com a população diminuindo, todos os lugares são cobertos por luxuosas vegetações”, explicou a Downey – que é esposa de Robert Downey Jr.
Embora a HQ que inspira Sweet Tooth seja bastante pesada, produtores da série se inspiraram em filmes como Os Goonies e séries como Os Muppets para criar o tom da produção.
Mas isso não significa que Sweet Tooth se afastou completamente dos aspectos distópicos da trama de Jeff Lemire. Personagens morrem, sofrem e passam por situações difíceis. O vírus que assola a Terra também chega a criar monstros de verdade.
“Mesmo sendo muito mais leve que a HQ, a série ainda conta com momentos tristes, essenciais para a história. Estou animada para assistí-la junto do meu filho de 12 anos, acho que isso é muito legal”, comentou a produtora.
O showrunner Jim Mickle concorda: Sweet Tooth representa uma boa dose de esperança e otimismo em tempos difíceis, tornando-se “um cobertor de segurança” durante a pandemia de Covid-19.
“Para mim, Sweet Tooth sempre foi uma história de esperança. Ela fala também sobre o poder da união. Acho que podemos fazer bom uso desse tipo de trama, principalmente no momento atual”, comentou Jeff Lemire.
Sweet Tooth já está disponível na Netflix. Confira abaixo o trailer!