Filmes de desastres sempre fizeram sucesso em Hollywood! Exemplos mais antigos como Impacto Profundo e Armageddon até hoje permanecem vivos na memória popular, enquanto filmes como 2012 e O Dia Depois de Amanhã dão ao gênero uma roupagem mais moderna. Recentemente, a Netflix lançou um grande sucesso nesse estilo – Tempestade: Planeta em Fúria.
O longa foi exibido originalmente nos cinemas em 2017, contando com Gerard Butler, Andy Garcia, Ed Harris e Zazie Beetz no elenco.
Tempestade: Planeta em Fúria acompanha a história de um cientista e engenheiro que tenta salvar o planeta de uma tempestade gigante criada por satélites meteorológicos espaciais.
Repleto de efeitos especiais chocantes e cenas de tirar o fôlego, o filme deixou muita gente se perguntando: Algo assim pode acontecer na vida real?
Confira abaixo a resposta!
Mudanças climáticas
Tempestade – Planeta em Fúria começa com um esforço coletivo de 18 países para a criação de uma rede de satélites que controlaria as condições climáticas no mundo inteiro, suavizando os efeitos do aquecimento global.
Inicialmente tudo dá certo e o sistema funciona perfeitamente. No entanto, alguém começa a sabotar os satélites, o que faz cidades congelarem, queimarem e serem destruídas pelas poderosas forças da natureza.
Algo assim poderia acontecer na vida real¿ Na verdade não, embora cientistas já tentem combater as mudanças climáticas por meio da geoengenharia (também chamada de intervenção climática), uma área que procura soluções em grande escala para os problemas ambientais.
De acordo com o jornal Boston Globe, geoengenheiros estão tentando controlar as mudanças climáticas pelo plantio de florestas, que convertem o dióxido de carbono excessivo em oxigênio.
Outra estratégia é a utilização de ácido sulfúrico na atmosfera com o objetivo de espalhar os raios solares e diminuir a temperatura do planeta, entre outros métodos inovadores.
E o quão perto os estudiosos da geoengenharia estão de uma tecnologia similar à de Tempestade: Planeta em Fúria¿
Estão bem longe disso, na verdade. David Keith, professor da Harvard e geoengenheiro, falou sobre o filme em um podcast na época de seu lançamento.
“A relação de Tempestade com a ciência e a política da geoengenharia é tão realista quanto a relação de O Dia Depois de Amanhã com a ciência e política das mudanças climáticas. Ou seja, essa relação é quase inexistente”, contou o estudioso.
Como O Dia Depois de Amanhã é um dos filmes de desastre menos realistas da história do cinema, espectadores podem ficar tranquilos: desastres como os de Tempestade: Planeta em Fúria não devem acontecer na vida real.
Keith também discutiu especificamente a tecnologia mostrada no filme, e acalmou os ânimos dos espectadores mais impressionáveis.
“Uma tecnologia que controla o clima da maneira mostrada no filme não existe, e não a vejo existindo em um futuro longínquo. É pura ficção científica. Os múltiplos tornados e a ‘parede de água’ do oceano são simplesmente impossíveis, de acordo com meus conhecimentos da física do clima”, confirmou o professor.
Tempestade – Planeta em Fúria está disponível na Netflix.