Quando o drama histórico de artes marciais Warrior foi cancelado após duas temporadas pelo Cinemax devido a paralisações relacionadas ao Covid, parecia que era o fim da linha para a série. Mas a HBO Max renovou o show para uma terceira temporada de guerras de gangues coreografadas, ambientadas no cenário da Chinatown de São Francisco. Vamos conhecer a história real que inspirou a série.
Warrior segue Ah Sahm, interpretado por Andrew Koji, um artista marcial que emigra para os Estados Unidos no final da década de 1870 em busca de sua irmã desaparecida, e logo se vê envolvido no mundo subterrâneo das tongs, uma variedade de gangues e sociedades secretas formadas por imigrantes chineses.
O programa tem recebido comparações favoráveis com outras obras de época sobre gangsters, como Peaky Blinders e Boardwalk Empire, pelos críticos, e as três temporadas estão na HBO Max e na Netflix, tornando este o momento perfeito para começar a assistir Warrior desde o início.
Vamos conhecer a história real que inspirou o seriado.
Warrior tem uma história de origem fascinante
A ideia para Warrior foi concebida pela primeira vez pelo ícone do cinema Bruce Lee na década de 1970, que criou um esboço para uma série sobre um artista marcial chinês explorando o Velho Oeste americano e a apresentou aos estúdios. A ideia nunca foi aprovada, o que Lee atribuiu a uma hesitação em colocar um protagonista não branco nas telas de TV — embora a série de 1972 Kung Fu, estrelada por David Carradine, tivesse uma semelhança notável com o conceito original de Lee.
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Após a trágica morte de Lee em 1973, a Fundação Bruce Lee foi formada para continuar o legado do ator. Quando sua filha, Shannon Lee, assumiu a fundação em 2000, ela descobriu o tratamento de oito páginas para um programa chamado The Warrior nos diários de seu pai. Ela compartilhou o documento com o diretor de Velozes & Furiosos, Justin Lin, e juntos trabalharam no conceito, transpondo o personagem central para o submundo implacável das tongs em São Francisco — local de nascimento de Lee.
“Se Bruce Lee não tivesse escrito aquelas oito páginas sobre a experiência sino-americana nos anos 1800, que foi a base de Warrior, eu não estaria aqui agora”, diz Andrew Koji, protagonista da série. “Sinto-me estranhamente conectado a ele de alguma forma. Ele mudou minha vida indiretamente.”
A série está enraizada na história real
Embora Ah Sahm e os outros personagens possam ser criações fictícias, quase tudo sobre o show e seu ambiente é baseado em fatos, incluindo as Guerras Tong que ocorreram em São Francisco após um influxo de imigração chinesa.
Com a discriminação anti-chinesa predominante, novos imigrantes eram direcionados para os bairros chineses, onde formavam tongs como meio de sobrevivência. As reviravoltas pulp, as alianças em mudança e as cenas de luta dinâmicas servem para ilustrar (embora de forma sensacionalista) um capítulo muito real da história americana.
