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Opinião | Crossover de séries da CW/DC tem como ponto forte interação dos personagens

Após a série da Supergirl passar para o canal CW, a emissora ganhou mais um universo de grande importância do Universo DC para trabalhar. Assim como havia acontecido anteriormente com The Flash e Arrow, os heróis se encontraram em mais um novo crossover, Invasion!, mas dessa vez acompanhados da kryptoniana e dos personagens de Legends of Tomorrow. Fazendo com que todos os episódios dessas séries fizessem parte de uma única grande história durante esta semana, Barry Allen e companhia precisaram se unir para combater um inimigo inesperado: os alienígenas Dominadores.

Na trama, a equipe de The Flash (Grant Gustin) continua com seus problemas internos quando repentinamente um meteoro se aproxima de Central City. Ao contrário do que eles pensavam, uma nave repleta dos extraterrestes Dominadores caiu na cidade. A única forma do velocista conseguir combater tal ameaça é formando uma grande equipe de heróis, assim pedindo ajuda para Supergirl, Oliver Queen e a tripulação da Waverider.

Apesar da principal produção de todo o universo da DC na televisão ser a do velocista, os episódios da Supergirl (Melissa Benoist) vão ao ar às segundas. Sendo assim, ela dá o pontapé inicial no crossover das séries da CW/DC. Este é um dos problemas da história, já que o capítulo “Medusa” é muito mais focado no universo da heroína, fazendo realmente conexão com The Flash apenas nos minutos finais do programa. Para quem não acompanha Supergirl regularmente, esta primeira parte do crossover pode soar um tanto quanto desnecessária. Curiosamente, só a produção da heroína não recebeu o subtítulo “Invasion” para o capítulo da semana.

Em The Flash, o grande crossover realmente ganha ritmo, já que a aliança entre as quatro séries fica clara pela presença dos personagens de cada produção. Apesar disso, ele ainda mantém a grande essência da terceira temporada: os problemas causados pelo Flashpoint. Dessa vez, Barry Allen sente ainda mais o pesar de sua viagem para o passado porque precisa explicar aos heróis que pediu ajuda como modificou a linha temporal, como a mudança de gênero do filho do Diggle (David Ramsey) e o repentino descobrimento que o Dr. Martin Stein (Victor Gruber) faz sobre sua família.

Apesar de Arrow ser a série mais inconsistente em questão de narrativa do universo DC pela CW, o episódio focado no universo do Arqueiro Verde é o mais bem escrito do crossover. Ele consegue desenvolver os personagens principais do seu universo conforme a história contra os Dominadores necessita e ainda insere as típicas cenas de ação corpo-a-corpo tão características da produção. Um dos pontos altos do roteiro é utilizar bem a participação especial de personagens que foram relevantes para a série nas temporadas passadas, principalmente a de Laurel Lance (Katie Cassidy).

O grande ponto positivo deste crossover da CW é ver a interação entre os personagens que não fazem parte da mesma série. Inegavelmente, o trio principal formado por Oliver Queen (Stephen Amell), Supergirl e Flash possui química, algo que havia sido demonstrado anteriormente quando eles dividiram a tela. Entretanto, é novidade uma dinâmica funcional entre a kryptoniana e o ex-vilão Onda Térmica (Dominic Purcell) ou a parceira entre os inteligentes Cisco (Carlos Valdes) e Felicity (Emily Bett Rickards).

Apesar disso, a ameaça dos Dominadores não consegue combinar com o estilo de nenhuma das produções. Mesmo que a heroína de Metropolis seja uma alienígena, eles não são semelhantes aos humanos, assim criando um visual exagerado que pode incomodar, principalmente aos que assistem a Arrow, que não abusa tanto de efeitos especiais.

Apesar de suas falhas narrativas, o crossover entre as séries da DC é mais um dos acertos da CW ao recriar histórias baseadas nos quadrinhos. Conseguiu replicar facilmente elementos básicos que se encontra nas páginas do gibi quando grandes heróis se juntam em busca de um bem maior, além de manter o carisma que é tão marcante aos personagens da televisão.

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