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Os melhores filmes de 2015

O Observatório do Cinema preparou um especial com os melhores melhores filmes do ano que está acabando, baseado na opinião de nossos críticos.

Mad Max: Estrada da Fúria foi eleito um dos melhores de 2015 por quase unanimidade – e já escolhido como o melhor do ano por Quentin Tarantino – enquanto o brasileiro Que Horas Ela Volta?, apesar de ter falhado em entrar na disputa ao Oscar 2016, caiu no gosto de dois dos nossos críticos. E, claro, Star Wars: O Despertar da Força também não ficou de fora da nossa seleção!

Confira a lista dos melhores filmes de 2015:

Por Marcello Azolino

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Perdido em Marte

Ridley Scott trouxe uma adaptação inspirada do best-seller de Andy Weir. Se no livro o autor foi técnico demais ao abordar formas de sobrevivência através da ciência no planeta vermelho, o filme traz o equilibrio certo entre os experimentos solitários do astronauta Mark Watney e a apreensão na Terra de resgatar o botânico com vida. Scott em um de seus melhores filmes dos últimos anos.

Corrente do Mal

Um filme de terror sem muitos efeitos especiais que comprova que, com um bom roteiro e uma execução eficaz, tudo pode dar certo. O filme já nasceu com pinta de cult e sabe aterrorizar nos momentos corretos, sem abusar de excesso de sangue ou cenas chocantes. Uma boa surpresa em meio aos milhões de filmes de terror que aparecem no cinema a cada semana.

Relatos Selvagens

Uma pérola do cinema argentino, Relatos Selvagens teve sucesso merecido no ano de 2015. Uma compilação de crônicas sobre vingança contadas da forma mais ácida e irônica possível. As atuações são brilhantes e os roteiros muito bem arquitetados. Fica difícil escolher qual a melhor trama.

Boyhood

A crônica de vida retratada por Richard Linklater tem méritos próprios, além de ser um experimento social e cinematográfico de filmar a adolescência e a evolução dos personagens ao longo dos anos, traz uma visão interessante dos dilemas de tornar-se adulto e assumir responsabilidades. É um exercício de cinema bem feito e com bons atores.

Mad Max: Estrada da Fúria

Não há muito mais o que falar sobre a ópera de George Miller no deserto que consegue o feito de ser melhor do que os filmes originais com Mel Gibson. Um show de cinema de ação que arranca atuações intensas de todos e todas (lê-se o furacão furioso Charlize Theron). Acabou se tornando uma das melhores coisas do ano e tinha tudo para ser um filme mediano.

Por João Sampaio

Star Wars: O Despertar da Força

Como falar de Star Wars? Essa é a dúvida que surge a cada momento na mente de um fã. É algo tão maior que nós, tão expressivo e impactante. O que posso falar do Despertar da Força é que fora certamente o melhor filme do ano se avaliarmos cada respectivo segmento. Desde a ação até os desdobramentos da trama tudo fora impecável. Tudo bem, talvez haja algo mal explicado ou compreendido até aqui, mas certamente tivemos uma história fascinante, cheia de questionamentos críticos a sociedade escondidos em seu contexto. Certamente J.J Abrams cumpriu o papel que se prestou.

Vingadores: Era de Ultron

A continuação do aclamado filme de heróis, que reunira em um só espaço toda aquela velha construção do imaginário cotidiano dos fãs foi certamente um sucesso. Novamente um filme cheio de referências e fidelidade, algo que os mais exigentes certamente aprovaram, com muita ação e muito mais enredo. Vingadores certamente abre um caminho que traçaremos no próximo ano com Capitão América: Guerra Civil, com o mesmo entusiasmo causado pelo seu antecessor.

Mad Max: Estrada da Fúria

Mad Max fora outro filme de uma franquia bem sucedida que voltou às telas do cinema em 2015. O filme retornou trazendo a mesma abordagem de muita ação conciliada com uma reflexão crítica do meio comum, dessa vez abordando questões de gênero que causaram um impacto muito forte nos fãs menos preparados para lidar com essas questões. Uma história que com certeza não ultrapassa a barreira da complexidade e deixa os fãs ansiosos por uma continuação.

Homem-Formiga

Mais um filme da Marvel nesse contexto, mais um filme de herói em um ambiente crítico e conturbado a cerca dessa nova demanda cinematográfica, que gerou muitos mal entendidos no decorrer do ano. Sobretudo, Homem-Formiga foi uma surpresa até mesmo para os fãs mais otimistas. A crítica negativa girava em torno da relevância do personagem dentro do apelo popular e de sua falta de perspectiva para uma obra que seria desenvolvida em um ambiente de grandes proporções. Mas o aspecto positivo fora demonstrado com muita capacidade, apesar dos vários pesares e percalços que sua produção tivera de enfrentar, Homem-Formiga levou a Marvel adiante, dando continuidade a sua crescente esfera cinematográfica.

Insurgente

Antes de mais nada,  acompanho a Saga Divergente no âmbito literário. Minha impressão do filme fora sobretudo positiva. Crítica à liberdade que se dão os roteiristas, membros menos importantes desse processo de adaptação. Mas os erros assumidos pela franquia foram corrigidos nesse novo capítulo e se desdobraram em consequências menos impactantes para um plausível futuro. Talvez tenhamos visto um novo caminho que encontrará um bom desfecho da obra, talvez tudo não tenha passado de uma feliz coincidência.

Por João Carlos Correia

A Travessia

Filme que conta a história do equilibrista francês Phellippe Petit (interpretado pelo estadunidense Joseph Gordon-Levitt, de (500) Dias Com Ela) e sua audaciosa travessia da torres gêmeas do World Trade Center em um cabo. Filme do período de maturidade de Robert Zemeckis (trilogia De Volta Para o Futuro) que, além de tirar uma ótima atuação Gordon-Levitt, realizou um filme belo e emocionante. A cena da travessia das torres gêmeas é de fazer suar frio, como há muito tempo não se via.

O Ciclo da Vida

Embora tenha sido lançado originalmente em 2012, esta produção chinesa dirigida por Zhang Yang (Flores do Amanhã) chegou ao Brasil somente neste ano. Um grupo de idosos foge do asilo onde vivem para fazer uma apresentação na TV. Um Road Movie encantador sobre a Melhor Idade, com cenas belíssimas que vão do riso às lágrimas e mostra os idosos com a dignidade que merecem. A cena em que os velhinhos dançam ao som da música Y.M.C.A., da banda Disco Village People, é simplesmente impagável!

Roger Waters – The Wall

Registro do show da turnê do ex-baixista da banda de Rock Progressivo Pink Floyd, Roger Waters, que toca na íntegra, uma das obras-primas do grupo: o álbum The Wall. Além do emocionante show, o filme também mostra a tentativa de Waters de exorcizar dois fantasmas que o assombram: de seu pai e de seu antigo companheiro de banda, Syd Barret.

Missão: Impossível – Nação Secreta

Embora seja uma franquia de sucesso, este é um filme que veio despretensioso em uma temporada muito competitiva. O agente secreto Ethan Hunt (Tom Cruise, de Top Gun) enfrenta uma organização de assassinos chamada “O Sindicato”. Filme emocionante e divertido, que já tem uma sequência confirmada. A cena em que Cruise se agarra no lado de fora de um avião enquanto este decola, nos faz perguntar se ele é corajoso ou louco…

Homem Irracional

O lançamento de um novo filme de Woody Allen (Manhattan) é sempre um grande acontecimento para cinéfilos do mundo todo. Abe Lucas (o porto-riquenho Joaquin Phoenix, de Gladiador), é um professor de filosofia depressivo e alcoólatra que se relaciona com uma de suas alunas (Emma Stone, de Birdman) e, após ouvir uma conversa, decide cometer um assassinato. Baseado no romance clássico Crime e Castigo, do escritor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881), este é um filme atípico de Allen, com temática séria e risos apenas sutis, mas com ótimas atuações de Phoenix e Stone e um final que já faz valer o ingresso.

Por Caio Coletti

Mad Max: Estrada da Fúria

Não dá pra discutir: o quarto Mad Max é o blockbuster mais subversivo do nosso século, um dos melhores filmes de ação de todos os tempos, e uma fábula pós-apocalíptica que coloca todas as outras para comer poeira. Se houver justiça no mundo, o filme terá nas mãos uma porrada de indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Direção (George Miller), Melhor Roteiro Original, Melhor Atriz (Charlize Theron), e por aí vai.

Divertida Mente

A fábula mais puramente emocional (sem trocadilhos) da Pixar é também uma das melhores e mais completas criações visuais da empresa de animação em muitos anos. O mundo realizado e imaginado pelo diretor Pete Docter (Monstros S.A.) e pelos profissionais da Pixar é uma tradução perfeita das metáforas do roteiro e uma criação cinematográfica tão coerente e interessante que fica difícil desgrudar os olhos da tela. E difícil evitar que lágrimas caiam deles também, é claro.

Que Horas Ela Volta?

O espetacular drama social brasileiro feito por Ana Muylaert merece todos os louros que recebeu, e muitos mais que, infelizmente, não vai receber. A performance espetacular de Regina Casé é só a cereja do bolo em um filme que discute de maneira muito humana as relações servis e a desumanidade intrínseca delas, mesmo que muitas vezes floresça em meio a essa indignidade algo belo como a relação entre Val e Fabinho.

Ex Machina

Dirigida e escrita por Alex Garland (Extermínio, Sunshine), Ex Machina só poderia ser uma gema da ficção científica. Com os talentos mais que consideráveis de um trio brilhante de atores principais a sua disposição, Garland tece uma inteligente teia narrativa que discursa sobre as características fundamentais da humanidade (a “intencionalidade” sendo a principal delas), e ainda acha tempo para estudar relações de gênero e poder.

Mistress America

Seguindo a verve do igualmente ótimo Frances Ha, a nova parceria do diretor Noah Baumbach e da atriz/roteirista Greta Gerwig é um balanceamento delicado entre o olhar cínico dos seus autores sobre a geração dos 20/30 anos atual, e o estranho e profundo respeito que eles nutrem pelos ideais desses mesmos indivíduos que retratam. Gerwig está magnificamente sutil como Brooke, e fotografia, edição e trilha-sonora contribuem para criar um filme em perpétuo (e delicioso) movimento.

Por Laura Gariglio

Que Horas Ela Volta?

O drama que conta a visão da empregada doméstica inserida numa casa de classe alta de fato surpreende. Ele direciona a atenção para os detalhes mais simplórios e reais que acontecem no dia a dia em muitos lares brasileiros, e como essa relação consegue ser tão próxima e ao mesmo tempo possuir diversas barreiras. A apresentadora Regina Casé definitivamente deveria dar continuidade à carreira de atriz por tão brilhantemente que interpretou a protagonista sem contar o roteiro que está à altura.

Jurassic Word: O Mundo dos Dinossauros

A terceira refilmagem é a prova de que aquilo que realmente é bom não cansa. O quarto longa da criação de Steven Spielberg (ET: O Extra Terrestre) inicia-se com a inauguração do Jurassic Park e suas exóticas atrações, dando destaque a semelhança dos dinossauros que foram criados devido ao avanço da tecnologia. Porém, a diversão dura pouco e se transforma em pânico quando a espécie mais feroz do complexo consegue fugir. A ação e os efeitos especiais são garantidos com excelência nesse filme.

Jogos Vorazes: A Esperança – O Final

Um dos desfechos mais aguardados entre os adolescentes foi concluído com chave de ouro. Jogos Vorazes não desapontou se tornando uma cópia fiel ao último livro, neste final todos os distritos se unem com um único objetivo: dar fim aos jogos. A vencedora do Oscar de 2013, Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida), interpreta uma líder de autoconfiança e sede de vingança, vale muito a pena conferir.

Golpe Duplo

Um filme que é convidativo pelo elenco, mas surpreende pelo roteiro. O trio Will Smith (Eu Robô), Margot Robbie (O Lobo de Wall Street) e Rodrigo Santoro (300) estão afiados. Este longa conta a história de trapaceiros profissionais que se inserem em classes sociais altas e fazem fortunas através de golpes nesse meio elitizado. Como nem tudo são flores junto do dinheiro, vem mágoas e desilusões mas sempre com uma pitada de comédia.

Velozes e Furiosos 7

Essa escolha vai para os amantes de quatro rodas, Velozes e Furiosos 7, motorizado no melhor estilo pois supera toda a sua franquia. A definição dos cenários, entre eles Emirados Árabes, também chega a ser um colírio para os olhos. E como se não bastasse tanto chororô, o filme conta com uma homenagem no para o ator Paul Walker (Mergulho Radical) que não finalizou as gravações. No enredo, Dominic Toretto (Vin Diesel) e sua equipe são convocadas com o objetivo de destruir um novo vilão. Dessa vez, a luta é pela velocidade e sobrevivência.

Por Roberto Bueno Mendes

Star Wars: O Despertar da Força

O diretor e roteirista J. J. Abrams conseguiu fazer uma sequência digna da primeira trilogia, fazendo renascer a franquia.

O Agente da U.N.C.L.E.

O mais recente filme do diretor Guy Ritchie é um dos mais divertidos e bem realizados filmes de aventura deste ano.

Ponte dos Espiões

Filme cujo tema é como um único advogado enfrentou, nos 1960, as duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética, apenas para fazer o seu trabalho.

Já Estou Com Saudade

Por contar como as amizades podem ser eternas de forma muito delicada.

Missão: Impossível – Nação Secreta

Um dos pouquíssimos filmes do ano que tinham uma ótima história com começo, meio e fim em si mesmo, sem ganchos para um próximo longa.

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