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Os piores filmes de 2015

Depois dos melhores do ano, chegou a vez de relembrar os piores filmes de 2015.

Na seleção feita pelos críticos do Observatório do Cinema, constam blockbusters como 007 Contra Spectre, Quarteto Fantástico, a comédia Férias Frustradas e o terror Exorcistas do Vaticano.

Confira a lista dos piores filmes de 2015:

Por Marcello Azolino

spectre

007 Contra Spectre

007 Contra Spectre é um desfecho decepcionante do capítulo Daniel Graig na franquia. Contando com o time bem sucedido de Skyfall, o filme traz uma trama longa e sonolenta que não empolga. Monica Belucci, em 5 minutos de cena, tem mais química e explosão que a insossa Bond girl composta por Léa Seydoux. Uma perda de tempo.

Debi e Lóide 2

O primeiro Debi e Lóide foi um clássico do cinema non sense que catapultou os irmãos Farrely para o estrelato. A pegada sem limites, que fazia humor com deficientes, escatologia e obesidade, encontra um tipo de humor nada inspirado nesta continuação da fita de 1995. Por mais que Carrey e Daniels se esforcem em manter os trejeitos dos personagens de 20 anos atrás e, haja o caráter da nostalgia, o filme é insuportável.

Férias Frustradas

Chavy Chase fez dois dos filmes mais divertidos do formato road trip com Férias Frustradas, mais especificamente o primeiro e o segundo na Europa. Aqui a tentativa de retomar a franquia com o filho dos personagens de Chase e Beverly D’Angelo, levando agora sua família para o Parque de Diversões do primeiro filme, naufraga de forma constrangedora. Cheio de artistas com ótimo timing para comédia como Ed Helms, Christina Applegate e Leslie Mann, nada se salva neste compilado de cenas constrangedoras e sem graça.

Cinquenta Tons de Cinza

Era de se esperar que o resultado fosse pífio como filme, pela própria natureza do material de base, mas a falta de química entre os atores principais e o sexo meia boca desempenhado na tela passa longe de ser um filme sexy. Lá se vão anos desde as tórridas cenas sexuais retratadas em O Último Tango em Paris ou em 9 Semanas e Meia de Amor. Em 50 Tons de Cinza, restaram um bocado de cenas em ambientes esterelizados e “sem pegada”. Até filmes soft core do cinemax tem mais intensidade envolvida.

Vai Que Cola – O Filme

Não poderia deixar de reconhecer o fracasso atual da comédia brasileira com este sucesso de bilheteria incompreensível. Uma confusão de roteiro, direção de elenco constrangedora e Caca Protásio berrando em todas as cenas. Nunca desejei tanto que um filme terminasse como este aqui, e olha que já assisti mais de dois filmes com o Leandro Hassum. Parabéns para os envolvidos!

Por João Sampaio

Maze Runner: Prova de Fogo

A continuação de Maze Runner certamente foi a mais decepcionante do ano nos cinemas. Pelo menos para os fãs que acompanham adaptações literárias, novamente a liberdade criativa que se dão os roteiristas subverte completamente a lógica de sua história. Nada de atravessar o deserto e passar por inúmeras provações físicas e psicológicas, nada de reviravoltas narrativas e emoções a flor da pele. O que tivemos foi apenas um contexto banalizado que não tocou sequer a superfície da genialidade da obra escrita por James Dashner. Algumas adaptações ainda merecem uma abertura criativa e estão sujeitas a críticas, Prova de Fogo não merece nem segundos de sua atenção.

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

Depois de anos após as incansáveis lutas de diretores e produtores por um cinema mais elaborado, questionador, e mais complexo em suas indagações, um cinema que passe algo ao público além de futilidades cordiais, a volta dos dinossauros corrobora com um novo momento de releitura de obras passadas. Algumas dão certo, se aprofundam e trazem em seu contexto várias reflexões e críticas como Mad Max, mas outras como Jurassic World parecem apenas querer vender um produto pré-moldado, sem alma e sem característica própria. Não dá pra esperar mais de alguém como Steven Spielberg, não dá pra esperar mais (em todos os sentidos) desse tipo de cinema.

007 Contra Spectre

O novo filme da franquia de James Bond muito prometeu e pouco cumpriu. Apesar de atores talentossísimos em seu elenco, o repertório foi superficial do início ao fim, o que é de nos surpreender já que muito pouco mudou em sua equipe desde Operação Skyfall. Foi eletrizante do inicio ao fim, teve muitas explosões, dinâmica e toda a parafernalha tecnológica a qual estamos acostumados, fora isso, apresentou com toda a certeza o enredo mais fraco da história dessa nova roupagem de 007 nos cinemas. Deveu muito a Skyfall, muito mesmo.

Jogos Vorazes: A Esperança – O Final

2015 foi o ano de nos despedirmos de uma das maiores franquias teen dos últimos anos, mas infelizmente essa despedida não fora tão grandiosa quanto merecia ser. O final de A Esperança alcançou um admirável público nos cinemas através da expectativa gerada por todo o seu caminho percorrido até aqui, mas na prática o que tivemos fora um filme muito pragmático e cheio de simbolismos comuns e facilmente indentificáveis. Foi um filme cheio de emoção graças a sua obra original, mas sua adaptação certamente pecou feio na execução. Mais uma vez a Lionsgate fechando uma obra de qualquer maneira.

Missão: Impossível – Nação Secreta

Em geral, o novo MI não foi um fracasso, mas o esgotamento a que fora sucedido esse gênero cinematográfico nos últimos anos certamente o fez merecer entrar nessa lista. Apesar de um brilhante trabalho no seu desenvolvimento, o que vemos em Nação Secreta é um filme cercado de lugares comuns, uma abordagem repetitiva e exaustiva. Os lugares comuns são tantos que fizemos aqui no Observatório do Cinema uma comparação entre Nação Secreta e Spectre (veja aqui), apontando características similares como a subversão do poder político e a corrupção dessas instituições, as sequências de ação, algo que já não tem como não ser comum nesse tipo de filme. Apesar de tudo, a forma como Nação Secreta se apresenta o concede uma vantagem primordial: a ação é mais real e plausível e não nos tira totalmente da realidade. Mas é só isso mesmo, as finalidades são conclusivas e não nos levam a lugar algum.

Por João Carlos Correia

Quarteto Fantástico

O mico do ano. Precisa dizer mais?

Periscópio

Em um apartamento onde vivem um jovem (João Miguel, de Cinema, Aspirinas e Urubus) e um velho (Jean-Claude Bernardet, de O Caso dos Irmãos Naves), aparece, um dia, um periscópio no meio da sala e muda a rotina de ambos. Um filme sem pé nem cabeça que, sabe Deus como, conseguiu financiamento para ser feito e exibido nas salas de cinema.

Música, Amigos e Festa

Cole (Zac Efron, de High School Musical) é um jovem DJ que sonha em tornar-se um grande produtor musical. Filme feito para o estrelato de Efron, tem direção convencional e roteiro chinfrim. Resultado: um fracasso daqueles, a ponto de nem recuperar o dinheiro investido.

Diário de Uma Camareira

Célestine (Léa Seydoux, de Bastardos Inglórios) é uma jovem e bela camareira explorada por seus patrões, e que, por meio de manipulação, tenta mudar seu destino. Adaptado do livro de mesmo nome de Octave Mirbeau (1848-1917), é um filme com um trabalho de produção irretocável, mas com atuações frias de seu elenco. Não chega a ser ruim, mas podia ser melhor.

O Exterminador do Futuro: Gênesis

O ciborgue conhecido como Exterminador (Arnold Schwarzenegger, de True Lies) está de volta, mas desta vez enfrenta um inimigo inesperado. Quinto filme da franquia criada por James Cameron (Titanic) que tenta retomar o sucesso dos dois primeiros episódios. O filme, em si, não é ruim, mas bagunçaram tanto a história que ficou um treco confuso.

Por Caio Coletti

Férias Frustradas

Esse desnecessário e equivocado remake de uma comédia clássica dos anos 80 dificilmente poderia ter saído pior. Mesmo com a salvação chegando por meio das performances dos jovens Skyler Gisondo e Steele Stebbins, e umas poucas boas piadas escritas pelo caminho, Férias Frustradas ainda é uma comédia que aposta em piadas “nojentas” e desenvolve toda sua história para exaltar o pobre protagonista, um homem heterossexual branco de classe média-alta, que não se sente apreciado o bastante pela família.

O Sétimo Filho

Em uma palavra, O Sétimo Filho pode ser definido como simplesmente preguiçoso. Essa terrível adaptação livre do primeiro de vários livros assinados por Joseph Delaney não move um dedo para fugir da fatiga hollywoodiana – Julianne Moore nem sequer tenta se divertir no papel da vilã devoradora de cenários, e nem o design de produção, do geralmente brilhante Dante Ferretti (Sweeney Todd) escapa do convencional.

Exorcistas do Vaticano

O cansado subgênero do “filme de exorcismo” ainda pode render alguns frutos decentes, como nos mostrou Livrai-nos do Mal. Exorcistas do Vaticano, no entanto, apela para um recurso inconstante de câmera-na-mão, estilo found footage, esperando que a esperta reviravolta final o redima. Desnecessário dizer que não funciona – se for ver Exorcistas do Vaticano, que seja só pela boa performance de Olivia Taylor Dudley. De resto, passe reto.

Quarteto Fantástico

A coisa mais frustrante sobre Quarteto Fantástico é que há lampejos de um filme diferente e interessante de super-heróis escondido embaixo de toda a baboseira de estúdio e todas as decisões apressadas que o diretor Josh Trank (Poder Sem Limites) teve que tomar. Na cena inicial e, especialmente, no glorioso body horror da cena em que os membros do quarteto primeiramente acordam dentro do laboratório, o filme de Trank mostra que poderia ter trazido algo bacana para o gênero. Ficou só na promessa.

Terremoto: A Falha de San Andreas

Terremoto deveria ser divertido, como um dos filmes mais antigos de Roland Emmerich (O Dia Depois de Amanhã) em uma era em que o próprio Emmerich faz atrocidades como Stonewall. O problema é que, ironicamente, o diretor Brad Peyton não está a altura do desafio, em nenhum momento nos dando motivo para se importar por seus personagens e, especialmente, nunca nos provendo de uma visão de escala grandiosa do desastre que retrata.

Por Laura Gariglio

Ted 2

O besteirol americano já foi mais autêntico. Ted 2 cai na mesmice das piadas e deixa de exibir algo mais inovador. A segunda versão do ursinho de pelúcia nada fofinho mostra o início de um relacionamento, o interesse de se casar, até a imersão rápida que o casal possui de uma crise conjugal. A junção do mundo humano com animação pode convencer o público infantil, mas o adulto ainda almeja algo mais realista, pois pela segunda vez o filme não convence, apenas pode ser considerado engraçadinho.

Trocando os Pés

Adam Sandler (Click) pecou na escolha desta comédia dramática. O comediante se entrega para um filme de enredo fraco ao interpretar um sapateiro que descobre uma mágica: ao experimentar o sapato de seus clientes ele adquire a aparência deles. O filme aborda algumas questões importantes; o patrimônio cultural, a inserção social dos judeus no país americano, a luta militante contra o capitalismo, porém, não consegue realizar um desfecho de nenhuma, dando prioridade ao segmento de fábula desengonçada.

Busca Implacável 3

A conclusão da trilogia desaponta quando comparada aos filmes antecessores. Desta vez sem sede de vingança, o roteiro inova e mata a personagem Lenore (Famke Janssen), assim o protagonista Bryan (Liam Neeson) é acusado de ter cometido o crime. O filme gira em torno da busca pela sua inocência e novamente a proteção de sua filha Kim (Maggie Grace) para sair ilesa de culpa. Nenhum dos sucessores chegam aos pés do primeiro script, e se não for para igualar o nível, não deveriam ter dado continuidade.

Sob o Mesmo Céu

Totalmente sem nexo, o diretor Cameron Crowe (Quase Famosos) exibiu uma grande falha na sua carreira. Bradley Cooper (Sem Limites), Emma Stone (A Mentira) e Rachel McAdams (Diário de Uma Paixão) não conseguem salvar este drama devido ao seu roteiro confuso. Ele gira em torno de um militar que é enviado de volta a sua terra natal, Havaí, para supervisionar o lançamento de um satélite. A construção dada é incoerente e no meio são lançadas duas relações amorosas não tão bem conduzidas. Definitivamente fica um ar de estranheza no momento em que se passam os créditos.

Belas e Perseguidas

O cinema hollywoodiano não emplacou nessa tentativa de lançar mais uma comédia liderada por duas beldades. A história é de uma policial (Reese Witherspoon) escolhida para escoltar uma importante testemunha (Sofia Vergara) até Dallas e, ao desenrolar da sessão, a dupla se vê em uma fuga desenfreada, diante de muitas discussões, pois são dotadas de personalidades opostas e mesmo assim precisam unir forças para escaparem. Fraco e imprevisível, o filme faz a junção de duas coisas que todo roteiro necessita passar longe.

Por Roberto Bueno Mendes

Quarteto Fantástico

As piores expectativas relacionadas a este filme, infelizmente, se concretizaram e a bilheteria demonstrou que não era apenas implicância de críticos.

Peter Pan

Pela expectativa não correspondida. Infelizmente, uma produção aquém do que poderia ter sido.

Exorcistas do Vaticano

Pelo roteiro forçado e pelas pretensas imagens que acabaram ajudando em nada.

Corrente do Mal

Um filme cuja premissa é ótima, mas que falhou na execução.

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