Instigante como épicos fantasiosos, apesar de serem supostamente considerados produtos mais voltados para um tipo de público, fazem enorme sucesso entre o público geral.
Só o cineasta Peter Jackson desenvolveu duas (!) amadas trilogias para o cinema: O Senhor dos Anéis (2001 – 2003) e O Hobbit (2012 – 2014), ambas baseadas no trabalho de J. R. R. Tolkien. Se juntarmos a arrecadação de bilheteria das duas franquias, chegamos aproximadamente na casa dos seis bilhões de dólares!
Mais recentemente, tivemos com a série Game of Thrones de George R.R. Martin (2011 – 2019), um fenômeno a nível global que reunia fãs aos montes em bares pelas cidades do mundo todo, ansiosos para assistir cada um dos episódios das temporadas finais da produção feita pela HBO. Um êxtase do mesmo nível de um Fla-Flu ou Derby Paulista.
Lembrando que muito em breve teremos House of the Dragon, série que servirá como prequela para Game of Thrones; assim como também teremos uma série baseada em O Senhor dos Anéis produzida pela Amazon Prime Video, situada na Segunda Era da Terra-Média, milhares de anos antes dos eventos assistidos em ambas trilogias dirigidas por Peter Jackson.
Portanto, testemunhar um lançamento do porte de A Roda do Tempo, baseada nas obras de Robert Jordan, também uma produção original da Amazon Prime Video, não surpreende mais. Apesar que levando-se em consideração apenas os três episódios iniciais já liberados pela plataforma de streaming, fica a impressão de que a série serve mais como um aperitivo do que prato principal, claramente a nova versão das obras de Tolkien que chegam no segundo semestre de 2022.
Enquanto isso, A Roda do Tempo segue Moiraine (Rosamund Pike), membro da Aes Sedai, uma poderosa organização de mulheres capazes de usar magia. Ela leva um grupo de quatro jovens em uma viagem ao redor do mundo, acreditando que um deles pode ser a reencarnação do Dragão, um indivíduo poderoso profetizado para salvar o mundo ou destruí-lo.
Cumprindo a tabela
A plataforma Amazon Prime Video liberou três dos oito capítulos prometidos para esta primeira temporada, já programando a estreia de um por semana até o dia 24 de dezembro, data anterior ao Natal.
Desenvolvida por Rafe Judkins, percebemos uma narrativa que vai de acordo com tantas outras produções épicas de estilo similar, destacando que esta aqui possui um orçamento consideravelmente menor em comparação com as outras citadas acima.
Sendo assim, é bem prático apreciar A Roda do Tempo, principalmente se já é um apreciador do gênero, uma vez que apresenta todos aqueles ingredientes básicos que vão direto no íntimo do fã. Temos batalhas com espadas (e outras armas), magia, monstros asquerosos e outros seres mitológicos, romance, mistério, além daquela boa e velha ideia de haver sempre ‘um escolhido’, ser dotado de grande força ou poderes, capaz de cessar todo o conflito que arremete os seres que habitam aquele específico mundo de fantasia.
E, ao menos por enquanto, não vai muito mais além disso. Relembrando que ainda faltam cinco episódios para fechar esta primeira parte de A Roda do Tempo da Amazon Prime Video, ou seja, ainda tem muito chão pela frente.
Fica a torcida para que aproveitem mais e melhor dos talentos da atriz inglesa Rosamund Pike (Educação; Jack Reacher – O Último Tiro; Garota Exemplar), que já deu as caras em três produções este ano: Radioactive, O Informante e Eu Me Importo. Nesta última pudemos observar uma das grandes performances de toda sua carreira.
Então, vejamos o que A Roda do Tempo nos traz até a próxima noite de Natal. Talvez um presente adiantado?!