No Brasil, o sobrenome Von Richthofen é infame pelos crimes de Suzane, a jovem que orquestrou o assassinato dos pais em 2002. Mas na Alemanha, o país de origem da família, o clã é mais conhecido por diversos membros ilustres em contexto global. O mais famoso deles é o xará do pai de Suzane, que ficou conhecido na Primeira Guerra Mundial por sua maestria nos ares.
Manfred von Richthofen, o pai de Suzane, nasceu na cidade alemã de Erbach e foi batizado com o nome do integrante mais famoso de seu clã. Com apenas um ano de idade, se mudou com a família para a cidade de Santa Cruz, localizada no Rio Grande do Sul.
Em A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, Manfred e Marísia são interpretados por Leonardo Medeiros e Vera Zimmermann.
Veja abaixo tudo que você precisa saber sobre o membro mais famoso do clã von Richthofen – depois de Suzane.
Quem foi Manfred von Richthofen?
Além do Suzane, a família von Richthofen conta com diversos outros membros famosos, como Ferdinand von Richthofen (geógrafo), Oswald von Richthofen (diplomata), Else von Richthofen (cientista política), Frieda von Richthofen (filósofa), Lothar von Richthofen (aviador), Bolko von Richthofen (arqueóloga) e Hermann von Richthofen (diplomata).
Mas nenhum deles chegou perto da fama de Manfred von Richthofen, um dos aviadores mais conhecidos da Alemanha.
Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen nasceu na cidade de Breslau, em 2 de maio de 1892. O piloto de caça lutou durante a Primeira Guerra Mundial, e por sua maestria nos ares, ficou conhecido como “Barão Vermelho” – principalmente por pintar seus aviões com um forte tom de escarlate.
O ancestral de Suzane serviu no Braço Aéreo do Exército Imperial Alemão (Luftstreitkräfte), tornando-se um líder militar com ainda na juventude.
Desde o início de sua carreira militar, Manfred se destacou como um ás da aviação, e obteve o maior número de vitórias de um único piloto durante a Primeira Guerra: 80.
Manfred serviu originalmente servindo na cavalaria, transferindo-se para o serviço aéreo em 1915. Um ano depois, o jovem já era um dos principais membros do esquadrão Jasta 2 tornando-se um dos primeiros membros do esquadrão Jasta 2.
Com apenas 25 anos, Manfred von Richthofen tornou-se o líder do Jasta 11, e depois de todas as unidades de caça da Jagdgeschwader 1. Na época, o jovem líder militar já era conhecido como um herói nacional na Alemanha e como uma grande ameaça pelo outro lado.
Manfred foi abatido e morto próximo à cidade de Amiens, em 21 de abril de 1918, aos 26 anos. A morte foi creditada ao artilheiro australiano Cedric Popkin, mas diversas fontes retrucam essa informação, e afirmam que Manfred foi morto pelo piloto canadense Roy Brown.
Von Richthofen na cultura pop
O legado do piloto já foi adaptado em diversos filmes, e sua importância na Primeira Guerra Mundial trouxe grandes influências na cultura pop.
A banda brasileira Barão Vermelho, por exemplo, foi batizada com um dos apelidos de Manfred von Richthofen. No jogo League of Legends, o personagem Corki conta com uma “skin” em homenagem ao piloto, chamada “Corki Barão Vermelho”.
No desenho animado Corrida Maluca, da Hanna Barbera, um dos personagens se chama Barão Vermelho e tem um carro parecido com o avião de Richthofen.
Finalmente, no mangá Trinity Blood, uma das integrantes da organização terrorista Rosenkreutz tem o mesmo apelido do piloto – e o mesmo nome da famosa assassina brasileira.
Suzane von Skorzeny, mais conhecida como Baronesa Vermelha, é a piloto do dirigível do grupo criminoso.
A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais estão disponíveis no Prime Video.