O filme The Piper foi lançado em 2015, e é baseado em uma das fábulas dos Irmãos Grimm. E agora pode ser visto na plataforma do Prime Video, e vem chamando a atenção do público.
Após a Guerra da Coréia, um andarilho tocador de flauta e seu jovem filho chegam a uma vila remota, assolada por uma infestação incontrolável de ratos. Desesperados, os aldeões fazem um acordo com o andarilho, prometendo uma generosa recompensa em troca de seus serviços. O andarilho, confiante no poder místico de sua flauta, aceita o desafio.
Com a magia de sua música, ele conduz os ratos para fora da vila, livrando-a da praga que a atormentava. No entanto, ao invés de receber o pagamento prometido, o andarilho encontra apenas ganância, corrupção e traição entre os líderes da aldeia. Revoltado pela injustiça e pela desonestidade dos aldeões, ele jura vingança.
Determinados a punir a vila por sua deslealdade, o andarilho toca sua flauta mais uma vez. Desta vez, a melodia é sombria e poderosa, e a vila inteira é consumida por uma força avassaladora, limpando a terra de uma vez por todas.
O andarilho e seu filho continuam sua jornada, carregando consigo a lição de que, muitas vezes, a verdadeira praga é a maldade escondida no coração dos homens.
Expulso e ferido o músico prepara sua vingança
A fábula imortalizada pelos Irmãos Grimm versa sobre um flautista que expulsa os ratos da cidade de Hamelin, na Alemanha, e é traído pelos habitantes ao não receber o pagamento prometido.
Para vingar, ele enfeitiça as crianças e as leva até uma caverna (em algumas variações da história, afoga-as em um rio). O que pouca gente sabe é que essa parábola é baseada em um intrigante fato real.
Em 26 de junho de 1284, um flautista, de roupas multicoloridas, raptou cerca de 130 crianças de Hamelin, que nunca foram encontradas. Enquanto o estranho levava as crianças embora, os adultos se escondiam na igreja local, aterrorizados pelo flautista. Há registros dessa história estranha, inclusive na prefeitura de Hamelin, e o museu local expõe os sapatinhos de couro das supostas crianças desaparecidas.
As teorias sobre o flautista variam de magia negra, que era uma superstição comum na época, a que o viajante seria um serial killer, ou até mesmo abdução alienígena. Os ratos foram introduzidos na história apenas mais tarde, para dar motivação e estofo à lenda.
Essa história foi levada às telas inúmeras vezes, normalmente em formato de animação. Em live action, há inclusive uma versão da Alemanha pré-expressionista de 1918, dirigida e protagonizada por Paul Wegener (The Golem).
A adaptação do flautista da Coreia apresenta algumas variações da história original, como a introdução do filho do flautista, até a sua vingança, que não poupa os adultos de um flagelo físico.
Assista ao trailer: