Disponíveis no Amazon Prime Video, os filmes sobre o caso Richthofen estão fazendo o maior sucesso. O Menino Que Matou Meus Pais e A Menina Que Matou os Pais têm tudo para se tornarem as produções brasileiras mais populares da plataforma. Como é de praxe em adaptações de crimes reais para o cinema, algumas partes da história original foram modificadas para uma maior fluidez narrativa.
Nos dois filmes do Prime Video, Suzane Von Richthofen é interpretada por Carla Diaz, atriz conhecida por performances em novelas como O Clone e Chiquititas, além de sua participação na edição mais recente do Big Brother Brasil.
O elenco de A Menina Que Matou os Pais conta também com Leonardo Bittencourt (Daniel Cravinhos), Allan Souza Lima (Cristian Cravinhos), Leonardo Medeiros (Manfred von Richthofen), Vera Zimmermann (Marísia von Richthofen) e Kauan Ceglio (Andreas von Richthofen).
Embora alguns aspectos da história tenham sido modificados nos filmes, os longas se destacam por abordar diversas partes reais do crime; veja abaixo.
O que é real em A Menina Que Matou os Pais?
Em uma entrevista à revista Veja, o jornalista Ulisses Campbell, autor do livro Suzane: Assassina e Manipuladora, falou sobre o teor de veracidade dos filmes da Amazon Prime Video.
A cena em que Suzane presta seu depoimento com lágrimas nos olhos e um terço nas mãos, é completamente verdadeira.
Na cadeia, Suzane von Richthofen trocou a fé luterana pelo catolicismo, principalmente como forma de autopreservação. A detenta havia sido ameaçada por outra presa – supostamente integrante de uma seita satânica – e em meio a uma grande rebelião, se aliou a uma carcereira católica.
Vale lembrar que Suzane também virou evangélica, mas isso só aconteceu após vários anos presa em Tremembé.
Nos filmes do Prime Video, Suzane também choca os tribunais ao afirmar que o dia do assassinato dos pais, 30 de outubro de 2002, foi completamente normal.
““Ela almoçou com a mãe, levou o irmão ao inglês, seguiu a rotina. Não deu indícios do que viria”, afirmou Campbell em entrevista à Veja.
No derradeiro dia, Suzane também foi ao shopping com Daniel Cravinhos para comprar um óculos de sol, que seria seu presente de aniversário.
Finalmente, a participação de última hora de Cristian Cravinhos também é verídica. Inicialmente, o irmão mais velho de Daniel não aceitou participar do crime, e chegou a ameaçar contar tudo para a família.
Suzane, então, afirmou que era abusada por Manfred, e que prosseguiria com o crime mesmo sem a ajuda de Cristian. Em uma entrevista a Ulisses Campbell, Cristian afirma que só aceitou participar do assassinato por “amor ao irmão”.
Para “comprar” a recusa de Cristian, Daniel e Suzane também entregaram ao jovem todo o dinheiro vivo encontrado na casa no dia do crime, cerca de 8 mil reais, 5 mil dólares e mil euros.
Foi esse pagamento que chamou a atenção da polícia, já que Cristian comprou uma moto poucos dias depois do assassinato.
Entre as partes de A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais que não são verídicas, destacam-se as acusações de abuso feitas por Suzane contra o pai. Não existem evidências que Manfred era alcóolatra ou violento.
A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais estão disponíveis no Amazon Prime Video.