Com o lançamento de O Menino Que Matou Meus Pais e A Menina Que Matou os Pais na Amazon Prime Video, o interesse do público brasileiro pelo caso Richthofen foi atiçado mais uma vez. O assassinato de Manfred e Marísia foi cometido por Daniel e Cristian, sob orientações de Suzane. Na época, a mãe dos irmãos Cravinhos também tentou entender o ocorrido, e revelou nunca ter imaginado que os filhos cometeriam um ato tão terrível.
Nos dois filmes do Prime Video, Suzane Von Richthofen é interpretada por Carla Diaz. Já Daniel Cravinhos e o irmão Cristian, são vividos respectivamente por Leonardo Bittencourt e Allan Souza Lima.
Na vida real, Daniel Cravinhos vive em regime aberto. O ex-namorado de Suzane von Richthofen se casou com uma biomédica ao sair da cadeia. Cristian, por sua vez, retornou ao cárcere após se envolver em uma confusão em um bar.
O site da revista Crescer revelou tudo que os pais dos irmãos Cravinhos já disseram sobre os crimes dos filhos; veja abaixo.
O que a mãe dos irmãos Cravinhos falou sobre o crime?
Em uma entrevista à revista Crescer em dezembro de 2002, meses após o crime dos filhos, Nadja Quissak Cravinhos de Paula e Silva revelou que também tentou entender o que levou os filhos a cometerem os terríveis atos de crueldade.
“As pessoas me perguntam se eu não percebi algo diferente neles. Infelizmente, não. Como mãe, não tive nenhuma intuição”, revelou Nadja.
No papo emocionante com a revista especializada em temas familiares, Nadja revelou não conseguir dormir ao pensar nos crimes dos filhos.
“Eu não durmo direito. Acordo várias vezes à noite. Ainda ouço o Daniel chegar em casa. Eu costumava deixar a porta do quarto dele aberta para ouvir quando chegava. Acordo e escuto a porta fechar. Sair da cama também tem sido difícil. Mas tenho de cuidar do meu marido. Alguém precisa ir ao mercado”, comentou Nadja.
Mesmo sem ter culpa pelos crimes dos filhos, Nadja e Astrogildo Cravinhos sofreram com a intolerância e o ódio da população.
“Tivemos até de trocar de carro. Usamos o do Daniel porque o do Astrogildo está muito visado. Quando a gente sai, as pessoas gritam: ‘Assassinos!’ Já jogaram até pedra no carro! Isso é triste. As pessoas confundem as coisas. Mas também temos recebido manifestações de solidariedade. Doces, bombons e cartas de gente desconhecida chegam aqui em casa. E também bastante apoio da família”, revelou Nadja.
Para Nadja, um dos momentos mais delicados aconteceu quando Daniel e Cristian confessaram os assassinatos de Marísia e Manfred von Richthofen.
“Cheguei a me questionar: ‘Onde foi que eu errei? Onde eu falhei?’ Gritei com Deus: ‘Será que o Senhor se esqueceu de mim?’ Alguns de meus irmãos me disseram que eu não podia falar isso. ‘Quem conhece vocês, não pode dizer que falharam’. Hoje, acho que não errei em nada. Tenho um filho mais velho, casado, normal. Acho que eles se perderam por si próprios”, afirmou a mãe dos irmãos Cravinhos.
Mesmo sofrendo com as atitudes dos filhos, Nadja perdoou Daniel e Cristian – mas concordou com a pena de prisão imputada aos jovens.
“Não desejo isso para ninguém. Eu perdoo meus filhos. Se não o fizesse, não seria digna de ser mãe. Mas acho que eles precisam de punição”, conclui Nadja.
A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais estão disponíveis no Amazon Prime Video.