Uma das séries de romance mais populares da atualidade, Outlander é ambientada no século 18. A produção é elogiada por sua fidelidade histórica, mas como é de praxe em dramas de época, modifica vários elementos reais para garantir uma maior fluidez para a trama. Sendo assim, o que é real – e o que não é – em Outlander?
“Nesse conto épico, um guerreiro e uma enfermeira vivem uma paixão avassaladora, mas 200 anos os separam”, afirma a sinopse oficial de Outlander.
Baseada nos livros de Diana Gabaldon, Outlander traz Caitriona Balfe (Belfast) e Sam Heughan (Bloodshot) como os protagonistas Claire e Jamie.
Mostramos abaixo 5 elementos de Outlander que são historicamente precisos, além de 5 coisas que, definitivamente, não são – veja! (via ScreenRant)
Os castelos da série
Primeiramente, vamos falar sobre os elementos de Outlander que são historicamente corretos. Os castelos da série, nesse sentido, representam os exemplos mais importantes. Na trama, o Castelo Leoch é um cenário importante, e na vida real, ele foi construído em meados do século 14. O castelo em questão, na verdade, se chama “Castelo Doune”, e fica no condado de Perthshire, na Escócia.
A Batalha de Culloden
A Batalha de Culloden não é apenas instrumental para a trama de Outlander, mas também da história da Escócia. Na vida real, os Jacobites foram liderados pelo Príncipe Charlie em uma infame batalha que ceifou a vida de milhares de guerreiros. A série, inclusive, foi bastante elogiada pela fidelidade histórica com a qual caracteriza o período e os principais embates entre as forças adversárias.
A inspiração de Jamie
Muitos fãs não sabem, mas o Jamie Fraser de Outlander é levemente baseado em uma figura da vida real, um soldado do exército Jacobite que sobreviveu à Batalha de Culloden. O livro “Prince in the Heather”, apontado por Diana Gabaldon como uma das inspirações da série cita que “um homem de sobrenome Fraser, mestre de seu regimento, sobreviveu ao massacre da batalha”. Seu nome real, no entanto, não era Jamie.
Mulheres eram propriedade
Como as primeiras temporadas de Outlander deixam bem claro, a Escócia do século 18 não era um bom lugar para as mulheres. Na época, elas ainda eram consideradas “cidadãs de segunda classe”. Pior ainda: em via de regra, as mulheres eram vistas como propriedades dos homens, primeiro dos pais, e depois dos maridos. Sem autonomia, elas também eram submetidas a abusos e castigos físicos.
Quem foi o Lord Lovat?
Quem pode esquecer de Lord Lovat, o estranho parente de Jamie em Outlander? Introduzido na 2ª temporada da série, o personagem é baseado em uma figura real: Simon Fraser, também conhecido como “Raposa Velha”. De acordo com os registros históricos da Escócia, ele foi o 11º Lorde da Casa Lovat, um influente clã nobre do país.
Agora que você já conhece 5 elementos de Outlander que são historicamente precisos, veja abaixo 5 coisas que, sem sombra de dúvidas, não passam de invenções da série.
O julgamento das bruxas
Ainda na 1ª temporada de Outlander, Laoghaire acusa Claire e Geillis de bruxaria, e a partir daí, as personagens se submetem a um inusitado julgamento. Na vida real, o último julgamento de “feiticeiras” na Escócia aconteceu cerca de 20 anos antes dos eventos de Outlander. Na verdade, em 1840, foi assinada uma lei que torna crime acusar alguém de bruxaria.
Craigh Na Dun não existe
As pedras de Craigh Na Dun desempenham um papel importantíssimo na trama de Outlander. Afinal de contas, são elas as responsáveis pelas viagens no tempo dos personagens. Porém, elas não existem na vida real! Em todo o território da Escócia, há diversas estruturas semelhantes à de Craigh Na Dun, mas as pedras que aparecem em Outlander são completamente fictícias.
O final da Guerra
A maneira como Outlander caracteriza a 2ª Guerra Mundial não corresponde, exatamente, à forma como as coisas aconteceram na vida real. A série dá a entender que, com o armistício, tudo voltou ao normal rapidamente. Porém, na verdade, o status quo europeu só foi retomado em meados de 1947, dois anos após a Guerra.
As cores de Jamie
De acordo com o site ScreenRant, esta é uma das maiores inconsistências históricas de Outlander. Na história da Escócia, existiram dois clãs Frasers – um deles é o Lovat (a família de Jamie) e o outro é relacionado à Família Fraser das Terras Baixas. Originalmente, as cores do clã Fraser eram o vermelho e o verde, mas na série, os integrantes da família aparecem trajados de azul e cinza.
Os remédios de Claire
Por fim, quando Claire vai à “farmácia” do Mestre Raymond em Paris, recebe várias ervas e remédios naturais para tratar de Jamie e dos outros feridos. O que Outlander não revela é que, nessa época, os apotecários franceses já contavam com medicamentos bem mais modernos. A série, no entanto, decidiu caracterizar os remédios de maneira mais “antiquada”, oferecendo assim um ar de misticismo para os medicamentos.
No Brasil, Outlander é exibida pela plataforma Star+.