Desmotivados

8 atores da DC que se arrependeram de fazer seus filmes

Alguns desses atores se viram desanimados pela interferência constante dos estúdios ou por conflitos nos bastidores

George Clooney como Batman
George Clooney como Batman

A trajetória cinematográfica da DC é marcada por várias adaptações que, apesar de seu apelo ao público, deixaram cicatrizes nos próprios atores que as protagonizaram.

Ao longo das décadas, o gênero de super-heróis evoluiu e se transformou, e as propriedades da DC ganharam vida na tela grande, conquistando legiões de fãs. No entanto, muito antes das controvérsias criativas do Universo Estendido DC (DCEU), algumas dessas produções já geravam sentimentos de arrependimento em seus próprios protagonistas. Assim como muitos atores da Marvel expressaram desapontamento com certos aspectos do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), as estrelas dos filmes da DC também tiveram suas experiências desafiadoras e, em alguns casos, frustrantes.

Alguns desses atores se viram desanimados pela interferência constante dos estúdios ou por conflitos nos bastidores que afetaram a visão criativa dos projetos. Outros foram críticos em relação ao próprio desempenho ou às escolhas de roteiro, acreditando que poderiam ter explorado melhor seus personagens. Para esses atores, o sonho de interpretar um herói – ou vilão – dos quadrinhos, que inicialmente parecia um marco na carreira, acabou se transformando em uma experiência repleta de decepções e arrependimentos.

Neste contexto, reunimos 8 momentos emblemáticos em que atores da DC confessaram seus sentimentos de arrependimento sobre seus papéis nos filmes de quadrinhos. Seja pela pressão do estúdio, pelas limitações impostas ou pelas próprias atuações, essas histórias revelam o outro lado da fama e do glamour de Hollywood, onde o brilho do mundo dos super-heróis nem sempre compensa as dificuldades encontradas.

Nicolas Cage

Nicolas Cage

A trajetória de Nicolas Cage com os filmes da DC é, ao mesmo tempo, curiosamente curta e surpreendentemente longa. Após o sucesso dos filmes Batman de Tim Burton, surgiu o projeto Superman Lives, com Cage cotado para interpretar o Homem de Aço. Sendo um dos atores mais renomados de sua época, Cage certamente teria trazido uma abordagem única ao personagem, especialmente considerando seu amor declarado pelo Superman. No entanto, o filme nunca foi realizado, e a tão esperada interpretação de Cage como Superman acabou se resumindo a uma breve participação especial em The Flash.

Em uma entrevista no Festival do Mar Vermelho de 2023 (via ComicBook), Cage revelou que o cancelamento de Superman Lives foi um dos maiores arrependimentos de sua carreira. Ele estava profundamente comprometido com o papel, chegando a discutir com David Bowie a possibilidade de compor uma música tema para o filme. Com o cancelamento do projeto, a história de Cage com os filmes da DC se limita a uma curta aparição no Multiverso, um eco de uma oportunidade que, segundo o próprio ator, ainda ressoa como uma das maiores decepções de sua carreira. The Flash está na Netflix.

Christian Bale

Christian Bale

A trilogia O Cavaleiro das Trevas, dirigida por Christopher Nolan, é amplamente considerada o auge do cinema de super-heróis, com O Cavaleiro das Trevas aclamado como sua joia máxima. Apesar do filme ser visto como um dos melhores de todos os tempos, Christian Bale, protagonista da produção, revelou sentir arrependimento em relação à sua atuação. Segundo o ator, seu desempenho ficou aquém do esperado, especialmente quando comparado ao de um de seus colegas de elenco.

Em entrevista ao Yahoo, Bale comentou que sentiu não ter “acertado completamente” sua atuação em O Cavaleiro das Trevas. Ele mencionou que, ao se comparar com Heath Ledger no papel do Coringa, sentiu não ter conseguido alcançar o mesmo nível de profundidade que o colega trouxe ao personagem. Embora muitos discordem dessa autocrítica, considerando sua atuação essencial para o sucesso do filme, Bale deixou claro que carrega um sentimento de insatisfação com a qualidade de seu trabalho na obra-prima de Nolan. Batman: O Cavaleiro das Trevas está na Max.

Christopher Reeve

Christopher Reeve

A interpretação de Christopher Reeve como Superman permanece uma referência icônica no cinema de super-heróis. O filme Superman, de 1978, dirigido por Richard Donner, trouxe o herói para a tela grande na era moderna, e sua sequência, Superman II (1980), manteve o alto nível estabelecido pelo original. No entanto, Reeve se arrependeu de ter participado das sequências seguintes, Superman III e Superman IV: The Quest for Peace, expressando descontentamento com a qualidade dessas produções.

Em avaliações posteriores, Reeve foi franco sobre sua insatisfação com os dois últimos filmes, considerando-os inferiores e distantes do padrão que ele acreditava que os fãs mereciam. Ele deixou claro que, se pudesse voltar atrás, teria evitado essas sequências finais, que, em sua opinião, ficaram aquém das expectativas criadas pelo sucesso de Superman e Superman II. Dada a aclamação das duas primeiras produções, é fácil compreender a frustração de Reeve com os desdobramentos finais de sua jornada como o Homem de Aço. Superman – O Filme está na Max.

Henry Cavill

Henry Cavill

Como o primeiro filme na linha do tempo do DCEU, O Homem de Aço carregava um peso considerável de responsabilidade. Essa tarefa monumental foi cumprida com notável competência por sua estrela, Henry Cavill, embora o tratamento do personagem em filmes subsequentes tenha deixado muito a desejar. Apesar de sua popularidade entre o público, Cavill expressou um profundo arrependimento e uma autocrítica severa em relação à sua atuação no filme.

O momento que mais pesa na memória de Cavill em Homem de Aço não é uma grande cena de ação ou um momento dramático, mas sim uma expressão facial em uma cena tardia, durante uma conversa íntima com sua mãe, Martha Kent, interpretada por Diane Lane. Esse pequeno detalhe, que a maioria dos espectadores provavelmente não notou, se tornou uma fonte de insatisfação para o ator. Considerando como o DCEU tratou Cavill de forma particularmente injusta ao longo dos anos, esse único arrependimento em relação à sua atuação ressoa de maneira especialmente tocante, evidenciando sua dedicação ao papel e à franquia. O Homem de Aço está na Max.

George Clooney

George Clooney

Os filmes do Batman dirigidos por Joel Schumacher na década de 1990 são frequentemente considerados algumas das piores adaptações do Cavaleiro das Trevas. Essa avaliação severa não é apenas compartilhada pelo público e críticos, mas também ecoada por George Clooney, estrela de Batman e Robin. Desde o lançamento do filme, Clooney tem frequentemente falado mal do projeto, expressando seu descontentamento de várias maneiras.

O ator não hesitou em criticar publicamente seu próprio desempenho, chegando a se descrever como o “pior Batman” e fazendo inúmeras observações depreciativas sobre o filme em si. É claro que Clooney lamenta seu papel em Batman e Robin, assim como a recepção e o manuseio geral do filme ao longo dos anos. Sua disposição para discutir abertamente esses arrependimentos o torna mais um ator da DC a refletir sobre suas experiências negativas em filmes de quadrinhos, mostrando como a indústria pode ser implacável e como certos papéis podem impactar a carreira de um ator de forma duradoura. Batman e Robin está no Prime Video.

Josh Brolin

Josh Brolin

Jonah Hex, de 2010, é amplamente considerado um dos filmes mais esquecíveis da DC. Apesar de contar com um elenco notável e uma premissa interessante, o filme falhou em conquistar o respeito da crítica e do público, apresentando um desempenho decepcionante nas bilheteiras. A má recepção gerada por aqueles envolvidos na produção acabou se tornando tão significativa quanto o próprio filme, com Josh Brolin, a estrela de Jonah Hex, sendo um dos mais vocais entre os detratores.

Em uma entrevista à GQ, Brolin não hesitou em rotular Jonah Hex como um filme “sh***y”, atribuindo a culpa a diversos fatores por seus fracassos. Uma constante em seus comentários é o arrependimento sobre a forma como o projeto se desenrolou, especialmente porque ele sentiu que não fez justiça ao talento de suas colegas de elenco. Dada a magnitude de seu fracasso e a falta de popularidade, os lamentos de Josh Brolin sobre Jonah Hex se destacam como alguns dos mais substanciais na história dos filmes da DC.

Ryan Reynolds

Ryan Reynolds

Ryan Reynolds pode ter encontrado seu verdadeiro nicho no cinema de super-heróis com seu papel na Marvel como Deadpool, mas em 2011, ele tentou enfrentar um herói icônico da DC ao estrelar em Lanterna Verde. O filme, que trazia Reynolds no papel de Hal Jordan, foi recebido com críticas e resultados comerciais desastrosos, consolidando sua reputação como um dos maiores fracassos do gênero. Após o lançamento, Reynolds se afastou do projeto, refletindo sobre suas experiências de forma bem-humorada.

Nos anos que se seguiram, Reynolds frequentemente fez piadas sobre Lanterna Verde e suas falhas, usando humor autodepreciativo para lidar com a situação. Em uma referência metalinguística nos filmes de Deadpool, ele até zombou do traje CGI mal recebido do filme, com outra cena mostrando Deadpool “matando” Reynolds para evitar que ele aceitasse o papel. Embora Reynolds normalmente esconda seu arrependimento por trás de piadas, essas brincadeiras revelam seu desejo de que a adaptação tivesse sido melhor, refletindo sua esperança de conquistar um sucesso mais significativo com o material de origem.

Halle Berry

Halle Berry

Mulher-Gato é amplamente considerada um dos piores filmes baseados em quadrinhos já feitos, e até mesmo as estrelas da produção não contestam essa infeliz fama. Halle Berry, que estrelou o filme, expressou seu arrependimento em relação a ele, chegando a afirmar à revista Far Out que o considera “um pedaço de merda, um filme horrível”. Essa declaração contundente parecia indicar que ela gostaria de nunca ter participado do projeto. No entanto, em comentários posteriores, Berry revelou uma perspectiva mais complexa.

Embora ela não se arrependa de ter feito Mulher-Gato, pois o filme representou um dos maiores pagamentos de sua carreira, Halle Berry continua a se recusar a defender a produção de qualquer forma significativa. Ela o descreveu como um capítulo sombrio, porém lucrativo, em sua trajetória de sucesso. Apesar de sua ambivalência em relação ao filme, é evidente que Berry mantém arrependimentos específicos sobre sua atuação e o legado de Mulher-Gato, destacando a tensão entre suas experiências financeiras e a qualidade do projeto.

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