O icônico criador de histórias em quadrinhos George Pérez diz que sua curta passagem por Superman, durante Os Novos 52, o deixou muito irritado, sem nem se importar com o resultado de seu trabalho.
“Eu acho que a única vez que tive amargura ou sentimentos desconfortáveis trabalhando foi mais recentemente. O setor mudou muito e agora os quadrinhos são corporativos. Às vezes não nos pedem para criar quadrinhos, mas para fabricar quadrinhos”, disse na Niagra Falls Comic Con.
“Foi o que me incomodou durante minha passagem pelo Superman. Era uma revista que estava sendo feita por um comitê, e não acho que tive a chance de criar o que queria. Eles não conseguiam decidir o que queriam no dia a dia, o que começou a me irritar.”
Sem mais paciência, Pérez decidiu abandonar a revista do Superman após apenas sete edições publicadas.
“Eu enviava o roteiro e eles faziam a edição e enviavam de volta para mim. No entanto, o produto final era deles. Se os fãs adorassem, seria fantástico, porque tinha meu nome ali. Se não gostassem, eu não poderia fazer nada, porque meu nome ainda estaria ali.”
O roteirista e artista concluiu: “Isso foi, para mim, o ponto mais baixo da minha carreira, porque, pela primeira vez trabalhando na indústria, eu não me importava com o que estava fazendo. A DC agora segue os ditames da Warner Bros., que tem uma política mais controladora.”
Entre trabalhos na Marvel e na DC, George Pérez ficou mais conhecido por ter ajudado a reformular os Jovens Titãs, tornando seus quadrinhos mais populares e trazendo o Exterminador, popular vilão.