Os X-Men se juntarão ao universo compartilhado cinematográfico da Marvel. Essa, para alguns fãs, é a melhor notícia de 2017. A compra da Fox pela Disney finalmente acende uma luz sobre essa possibilidade, já que o próprio CEO da Disney, Bob Iger, confirmou que planeja incluir os X-Men, O Quarteto Fantástico e até mesmo Deapool no MCEU.
Mas como isso pode ocorrer? Bem, antes de entrar definitivamente nesse cenário, é bom citar que a intenção real da Casa do Mickey na compra da Fox se deu pela vontade de acirrar a concorrência com a Netflix no mercado do serviço de streaming, já que a Disney lançará sua própria plataforma futuramente. Até lá, ela utiliza a Hulu para experimentar esse conteúdo, com Marvel’s Runaways.
Na realidade, Disney e Fox não alçariam voos maiores sem que uma negociação fosse fechada, pensando nesse aspecto. Mas é um planejamento em longo prazo, pensando para anos que ainda estão apenas em cogitação. Isso significa que os filmes da Fox para os filmes dos X-Men em 2018: Os Novos Mutantes e X-Men: Fênix Negra e os da Marvel em 2019: Capitã Marvel, a sequência de Homem-Aranha: De Volta ao Lar e Vingadores 4 ainda não terão relação. As possíveis mudanças que poderão ocorrer serão situadas a partir de 2020 somente, dando de 2 a 3 anos para a Marvel/Disney planejar.
Bob Iger deixou claro que os X-Men entrarão nesse universo. Então, como isso acontecerá de fato? Dependerá, na verdade, de como eles montarão o universo tomando como base tudo que saiu dos mutantes em cinema, desde o ano 2000, com o primeiro X-Men.
A ideia do multiverso soa interessante e em primeiro âmbito, perfeita. Confirmar que os filmes dos X-Men aconteceram em uma linha temporal diferente encaixaria bem e eliminaria quaisquer dificuldades mais complicadas a vir. Doutor Estranho, em seu filme solo, já introduziu detalhes dessa ideia, além de ser remotamente citada pela série Agents of SHIELD. Isso poderia fazer com que a Marvel até mantivesse alguns atores e atrizes, como James McAvoy, para seguir nessa continuidade.
A segunda opção viável é direta e mais simples: rebootar tudo. A Marvel poderia relançar a franquia dos X-Men nos cinemas, mas agora, incluída no MCU, assim como fizeram com Homem-Aranha. O problema, no entanto, é que eles vão precisar recontar e re-explicar a origem dos mutantes e o que são. Então, se eles simplesmente moldassem a atual cronologia ao universo, evitaria diversos filmes de origem, novamente.
Um dos empasses enfrentados dentro dessa análise é a fonte, o material de origem das histórias dos X-Men. Nos quadrinhos, não há uma condensação geográfica entre eles. Demorou-se tempos para que alguns deles pudessem se encontrar e se juntar em determinadas situações, e assim, podendo expandir de maneira exponencial. A Marvel pode usar, porém, essa ponderação clássica para introduzi-los em seu universo cinematográfico, para assim, ir aumentando gradativamente a presença deles no universo compartilhado.
Mas além dos potencias filmes X-Men dentro desse universo, os spin-offs da Fox sobre outros heróis também serão integrados. Deadpool, Logan, Os Novos Mutantes. Três produções seguindo 2016, 2017 e 2018, que conseguiram e possivelmente conseguirão manter essas histórias paralelas em evidência. No entanto, elas não se conversam inicialmente. Como juntá-las, então? Ironicamente, essa continuidade permitirá uma facilidade da Marvel de colocar esses filmes em meio ao seu MCU. Deadpool tem diversas referências ao universo X-Men, incluindo dois personagens presentes: Negasonic Teenage Warhead e Colossus.
Isso poderá render não somente a adição do mercenário tagarela ao universo da Marvel, como também pode render arcos novos, por exemplo, X-Force. Mesmo que sejam montados como filmes que não realmente impactam na narrativa principal, são adjunções interessantes para esse universo.
O mesmo pode ocorrer com o terror de Josh Boone, Os Novos Mutantes, mesmo que ainda seja cedo para definir qualquer ação envolvendo esse filme, esses personagens e seus arcos. Mesmo que o filme mostre e identifique o grupo de adolescentes mutantes como parte do mundo de X-Men – Magia, interpretada por Anya-Taylor Joy, é irmã de Colossus -, é difícil que consiga imediatamente uma conexão com o universo compartilhado da Marvel.
Kevin Fiege, diretor da Marvel agora tem muito mais opções dispostas em sua mesa para elaborar em seu projeto. Entretanto, é uma ideia que será concretizada à longo-prazo. Demanda tempo, organização e principalmente, coerência no momento de montar todos esses personagens em um só universo.