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Atriz recusou heroína de Vingadores por achar que filme seria fracasso

Amanda Seyfried, que tem dado o que falar graças a sua atuação excepcional em Mank, já recusou viver uma personagem de Vingadores por achar que Guardiões da Galáxia não daria muito certo. A atriz já quase interpretou Gamora nos filmes da Marvel.

Em participação no podcast Awards Chatter, do THR, Seyfried falou sobre sua recusa ao papel.

“Eu não queria fazer parte do primeiro filme da Marvel que seria um fracasso. Eu disse, ‘quem quer ver um filme sobre uma árvore falante e um guaxinin?’. Eu claramente estava muito errada”.

“O roteiro era ótimo, tomei a decisão por não querer ser ‘aquele cara’. Porque se você é a estrela de um filme gigante como esse e ele fracassa, Hollywood não te perdoa. Já vi isso acontecer com as pessoas e era um medo realmente gigante. Eu pensei, vale a pena?”, continuou Seyfried.

Em defesa da atriz, Guardiões da Galáxia realmente foi uma grande aposta da Marvel. O grupo era desconhecido pelas grandes massas e a ideia de um filme sobre um guaxinim e árvore falantes realmente não parece muito atrativa.

Felizmente deu tudo certo e Amanda Seyfried atualmente é cotada para concorrer ao Oscar pelo seu trabalho em Mank.

Mank é baseado em fatos

Mank é baseado é uma história real. Esse é o segundo filme biográfico de David Fincher, após A Rede Social, lançado em 2010.

O roteiro do longa foi escrito por Jack Fincher, o pai falecido do cineasta. Originalmente, o filme seria produzido nos anos 90, mas os planos não se concretizaram.

O filme acompanha a rotina de Herman J. Mankiewicz na época da produção de sua obra mais importante: o roteiro de Cidadão Kane, lendário filme lançado em 1941.

Nos anos 20 e 30, Mank era um dos roteiristas mais famosos de Hollywood. Quando a indústria começou a transição dos filmes mudos para o cinema falado, o escritor se estabeleceu como um dos mais procurados pelos estúdios, graças a obras repletas de sátira e marcadas por personagens complexos.

No auge de sua carreira, Mank conheceu Charles Lederer, parte de um seleto grupo de cineastas e astros da indústria. Por intermédio do produtor, o roteirista também criou relações próximas com Marion Davies e William Randolph Hearst – o “chefão” da mídia da época.

Nos jantares e festas suntuosas de Hollywood – frequentadas por lendas como Charlie Chaplin, Bette Davis, Greta Garbo, Clark Gable e Louis B. Mayer – Mank ficou amigo de Orson Welles, que na época ainda tinha 20 e poucos anos de idade.

Os dois rapidamente começaram a criar a história de Cidadão Kane, caracterizando o protagonista com inspirações em Hearst.

Como o filme da Netflix mostra, o período entre a conclusão do roteiro de Cidadão Kane e a estreia do filme foi marcado por conflitos entre Welles e Mank.

Mesmo concordando em não receber créditos pelo filme, Mank insistiu que seu nome fosse atrelado ao projeto. Welles eventualmente atendeu à solicitação e creditou o roteirista pela trama do longa.

Após a estreia, Cidadão Kane foi indicado a nove categorias do Oscar, vencendo como “Melhor Roteiro”. A experiência azedou o relacionamento de Mank e Welles, e os dois nunca colaboraram novamente.

Mank está disponível na Netflix.

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