A Saga do Infinito da Marvel Studios levou 11 anos e 23 filmes para narrar a história dos Vingadores enfrentando o vilão Thanos e suas Joias do Infinito. É uma trama complexa e que foi construída de forma a preparar o Títã Louco para o final, garantindo um evento épico e que nunca foi feito antes na História do Cinema. Como raios a Marvel pode superar essa estratégia?
À medida em que novos filmes foram anunciados e a Fase 4 avança para frente, a questão sempre acaba voltando para o vilão. Afinal, é sempre a ameaça gigantesca que precisa reunir todos os heróis, e não um rolê pelo shopping – ainda que eu fosse capaz de pagar para ver isso. O que leva à pergunta se isso é realmente necessário. Precisamos mesmo de outro vilão do nível Thanos? Não se tornaria algo repetitivo?
Falando em termos de Fase 4, parece bem claro que não teremos um grande antagonista por trás de tudo. Recapitulando, o cronograma para o cinema inclui Viúva Negra, Os Eternos, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e Thor: Amor e Trovão, ao passo em que as séries do Disney+ incluem Falcão e Soldado Invernal, Loki, WandaVision e Gavião Arqueiro. Nenhuma delas tem o potencial de um grande vilão por trás, e isso é bom.
Desenvolvimento
Nem mesmo os Vingadores ou qualquer tipo de crossover estão presentes no cronograma da Fase 4, que deve ser focada em algo crucial: desenvolvimento de personagens. Isso é bom para que o MCU possa explorar e desenvolver melhor alguns de seus coadjuvantes e também apresentar novos heróis que ajudem a manter a narrativa sempre expansiva de Kevin Feige viva e renovada. A forma como isso pode se desenvolver no Disney+ também é interessante, e oferece possibilidades narrativas com multimídia inéditas, e que foram abordadas apenas tangencialmente.
Durante as fases anteriores da Marvel, esse claramente foi o foco, ainda que Thanos estivesse sendo planejado. Vimos os sinais e as Joias do Infinito espalhados por Thor, Capitão América: O Primeiro Vingador, Vingadores, Thor: O Mundo Sombrio e Guardiões da Galáxia. Isso não deve se repetir nessa fase do MCU, até porque Kevin Feige agora tem todo o catálogo dos X-Men e do Quarteto Fantástico à sua disposição, e pode garantir um outro tipo de antagonismo.
O Doutor Destino, por exemplo, é considerado o maior vilão da Marvel nos quadrinhos. Mas ele certamente não traz uma ameaça de escala interplanetária como Thanos fez (mas também temos o Galactus), e traz a oportunidade do MCU contar um tipo diferente de histórias, mas com um vilão tão bom – ou até superior – ao Titã Louco.
O MCU não precisa de outro vilão do nível Thanos. Pelo menos não por enquanto, e o foco agora parece, acertadamente, estar justamente na construção e desenvolvimento de novos super-heróis para o Universo da Marvel. Mas é claro que Kevin Feige já deve ter suas próprias ideias sobre um futuro e poderoso vilão.
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