A Marvel parece ter iniciado de vez a “moda” dos relançamentos no cinema. Depois de Vingadores: Ultimato, que foi relançado com uma cena extra e algumas homenagens, Homem-Aranha: Longe de Casa também vai voltar aos cinemas americanos no próximo fim de semana.

Mas afinal, esses relançamentos acrescentam de fato em alguma coisa, ou só servem para aumentar a bilheteria desses filmes? Será que as cenas extra de Homem-Aranha: Longe de Casa vão valer a pena?

Em um artigo, o ScreenRant discutiu o real motivo por trás dos relançamentos de Vingadores: Ultimato e Homem-Aranha: Longe de Casa.

Pouco conteúdo bônus

A verdade é que o relançamento de Vingadores: Ultimato foi decepcionante. A cena extra do Hulk chegou aos cinemas sem o CGI finalizado, os minutos de Homem-Aranha: Longe de Casa exibidos não acrescentaram muita coisa – a maioria das cenas já estava no trailer – e apenas a homenagem à Stan Lee valeu a pena de verdade.

Homem-Aranha: Longe de Casa deve seguir o mesmo caminho. De acordo com a Sony, a nova versão do filme terá quatro minutos à mais do que a original, que vão contar com “cenas de ação nunca antes vistas”.

É seguro dizer que os extras de Homem-Aranha: Longe de Casa são na verdade as cenas cortadas pelo diretor Jon Watts que seriam incluídas no DVD do filme em formato de curta-metragem. Esse curta, intitulado “Lista de afazeres de Peter”, mostraria o herói fazendo várias coisas por Nova York antes de viajar.

Infelizmente, a maioria dessas cenas já está no trailer de Homem-Aranha: Longe de Casa e elas também serão lançadas no DVD do filme, ou seja, ir ao cinema para vê-las não é exatamente algo vantajoso.

Os relançamentos só visam bilheteria

Se a Marvel e a Sony não se esforçaram o suficiente no relançamento de seus filmes, porque eles estão sequer acontecendo? A resposta é simples, os dois estúdios estão visando apenas lucro em bilheteria.

A Marvel queria que Vingadores: Ultimato ultrapassasse Avatar, se tornando a maior bilheteria de todos os tempos. Esse sucesso só foi alcançado graças ao relançamento do filme, que levou os fãs ao cinema novamente com a promessa de cenas extras.

Algo parecido acontece com Homem-Aranha: Longe de Casa. A Sony quer que o filme ultrapasse a marca de US$ 400 milhões de bilheteria nos EUA, algo nunca atingido por um filme do Homem-Aranha. É por isso que a nova versão ficará pouco tempo nos cinemas e só será lançada nos EUA, ela existe visando um recorde em específico.

A Marvel vai continuar promovendo relançamentos?

Tudo depende da recepção desses relançamentos à longo prazo. A Marvel e a Sony correm um sério risco de criar problemas na relação com seus fãs, já que estão relançando nos cinemas filmes com um conteúdo extra que não está agradando.

Um exemplo bom de relançamento bem sucedido foi o Avatar de James Cameron, que voltou aos cinemas meses depois de sua estreia, trazendo nove minutos de conteúdo extra, em cenas que custaram mais de US$ 1 milhão para o estúdio. Diferente de Vingadores: Ultimato, essa versão de Avatar de fato inovou.

Veremos como o relançamento de Homem-Aranha: Longe de Casa vai repercutir nos EUA, mas é certo que essa estratégia é de fato bem arriscada. Esperamos que os estúdios pensem mais nos fãs, e menos em dinheiro, quando forem promover esse tipo de relançamento.

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