Os Eternos deve apresentar Kit Harington como o Cavaleiro Negro do MCU – um conceito que antecede a própria Marvel Comics.
Na D23, a Marvel anunciou o papel do ator de Game of Thrones em Os Eternos, Cavaleiro Negro. Trata-se de um dos Vingadores menos conhecidos, mesmo tendo liderado a equipe por um tempo nos anos 90.
Surpreendentemente, há um sentido em que o Cavaleiro Negro antecede a própria Marvel Comics. O Cavaleiro Negro original foi criado pelo grande Stan Lee e pelo artista Joe Maneely em 1955, em um quadrinho ambientado nos dias de Camelot. Foi publicado pela Atlas Comics, uma editora de quadrinhos que acabou evoluindo para a Marvel.
O primeiro Cavaleiro Negro foi Sir Percy, da Escandia. Recrutado pelo mago Merlin, Sir Percy recebeu a mística Espada de Ébano, uma espada encantada forjada a partir de um meteorito. Sir Percy não poderia ser ferido enquanto a segurasse, tornando-o invencível em batalha.
Ele adotou uma identidade dupla clássica, fingindo incompetência em seu papel “civil”, enquanto trabalhava secretamente contra o sobrinho traidor de Arthur, Mordred, como o Cavaleiro Negro.
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Embora a versão original do Cavaleiro Negro tenha durado apenas cinco edições, Lee gostou do conceito e optou por incorporá-lo aos seus quadrinhos de super-heróis nos anos 60.
Ele revelou que a Espada de Ébano havia sido transmitida através das gerações. Foi inicialmente exercido por um criminoso chamado Nathan Garrett e, em 1967, Roy Thomas passou o manto para o heroico Dane Whitman. Esse é o personagem que Kit Harington está interpretando em Os Eternos.
Tudo isso significa que o Marvel Studios agora está trabalhando com personagens e conceitos que realmente antecedem a Marvel Comics. Ainda não está claro se a Marvel apresentará ou não o heroico ancestral de Dane Whitman, Sir Percy, mas é provável que haja pelo menos uma referência a ele.
Enquanto isso, é agradável ver uma das criações de Joe Maneely sendo adaptadas para os cinemas. O artista faleceu tragicamente em um acidente de trem em 1958, e Stan Lee revelou que acreditava que Maneely seria um nome familiar como Jack Kirby ou Steve Ditko se estivesse vivo nos anos 60.
Agora, seu legado continua vivo, mas em uma escala que Maneely nunca poderia imaginar.
