Mostramos tudo que você precisa saber sobre a vida e carreira de Paola Antonini, a intérprete de Grazi em Todo Dia a Mesma Noite.
Sucesso na Netflix, a minissérie Todo Dia a Mesma Noite deixa muitos espectadores com lágrimas nos olhos ao abordar uma das maiores tragédias da história do Brasil: o incêndio da Boate Kiss. Para quem não se lembra, o incêndio da Boate Kiss ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Em uma combinação de falhas humanas, ausência de fiscalização e omissão das autoridades competentes, a Boate Kiss pegou fogo, ocasionando a morte de 242 pessoas. Uma das tramas mais emocionantes de Todo Dia a Mesma Noite é a de Grazi. A jovem sobrevive ao incêndio, mas após ser resgatada com graves ferimentos, perde parte da perna.
Para viver a personagem, Paola Antonini – que também teve parte da perna amputada após passar por um acidente de trânsito em 2014 – se encontrou com a terapeuta ocupacional Kelen Ferreira, cuja história real inspira a trama de Grazi em Todo Dia a Mesma Noite. No Instagram, a atriz fez uma emocionante postagem homenageando Kelen e celebrando o sucesso da minissérie na Netflix.
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“Conheci a Kelen, que foi uma grande inspiração para minha personagem. (…) O dia de hoje marca 10 anos daquela noite na boate Kiss, em que 242 vidas foram tiradas. Que essas histórias não sejam esquecidas. Que isso não se repita”, comentou Antonini. Em 2014, Paola Antonini, que na época trabalhava como modelo, sofreu um grave acidente que ocasionou a amputação de sua perna esquerda.
O acidente aconteceu em 27 de dezembro de 2017, quando Paola e o namorado Arthur iniciavam uma viagem para o Rio de Janeiro, onde passariam o Ano Novo. No entanto, ainda em Belo Horizonte, cidade onde Paola vivia, o casal foi atingido por um carro – dirigido por um homem de 24 anos que estava bêbado, no momento do acidente, olhava para o celular.
Após mais de 14 horas de cirurgia, Paola Antonini teve a perna esquerda amputada, abaixo do fêmur. A atriz, no entanto, não perdeu a perseverança e a alegria de viver. Hoje em dia, ela é vista como um símbolo para os brasileiros que vivem com membros amputados.
Ela também é a fundadora do Instituto Paola Antonini, que atua na reabilitação de pessoas que passam pela mesma situação, e na quebra de tabus sobre o assunto. “Foi um momento que mudou muita coisa e principalmente me fez querer viver mais e mais e tentar coisas novas. Todo mundo falava: isso aqui vai ser difícil. Daí eu falava: então vou tentar. E aí eu comecei a me exercitar muito, a tentar coisas como skate, surfe, dança… Todos os esportes possíveis”, disse Paola Antonini, em um papo com a BBC.