A série Senna estreou nesta sexta-feira (29) na Netflix, trazendo a vida e a carreira do piloto brasileiro Ayrton Senna para o streaming. Dividida em seis episódios, a produção retrata as glórias do automobilismo, mas também os aspectos mais pessoais da vida do piloto, incluindo seus relacionamentos mais importantes.
No entanto, uma decisão polêmica sobre a participação da apresentadora Adriane Galisteu na série gerou discussão. A presença dela, limitada a menos de três minutos, foi o resultado de um longo impasse nos bastidores, envolvendo a família do piloto e os realizadores da produção. Nos meses que antecederam o lançamento da série, a família de Senna exigiu que a presença de Adriane Galisteu fosse excluída do projeto. A justificativa para essa objeção remonta ao relacionamento conturbado entre a apresentadora e os parentes do piloto.
Desde o início de seu namoro com Senna, a família sempre demonstrou desaprovação, acusando-a de interesse pessoal. E sse atrito entre a apresentadora e os familiares do piloto tornou-se ainda mais evidente após a morte de Senna, quando Galisteu foi marginalizada pela família durante o velório, enquanto Xuxa Meneghel, sua ex-namorada, foi colocada em um papel de “viúva”. Diante dessa situação, a presença de Galisteu na série era vista como um ponto de conflito.
Para que a série pudesse seguir em frente, a Netflix e a família Senna chegaram a um acordo que permitiu a presença de Galisteu, mas com uma participação reduzida. A atriz Julia Foti, que interpreta a apresentadora na produção, aparece em duas cenas: no primeiro encontro entre Senna e Galisteu, e no funeral do piloto, ocorrido em 1994. Ao todo, sua participação dura apenas 2 minutos e 34 segundos, algo bem abaixo da participação de outras figuras importantes na vida de Senna, como a própria Xuxa Meneghel, que tem um episódio quase inteiro dedicado à sua relação com o piloto.
Essa decisão, que foi vista por muitos como uma forma de equilibrar os interesses da plataforma de streaming e da família Senna, gerou discussões sobre como a história de Senna deveria ser contada. A presença de Galisteu, embora curta, não deixou de ser um reflexo das tensões familiares e dos desafios enfrentados para contar a história de um ícone do esporte que também era, e continua sendo, uma figura polarizadora.
A série já está disponível na Netflix e, apesar das polêmicas em torno da participação de Adriane Galisteu, ela oferece uma visão abrangente sobre a vida e a carreira do ícone brasileiro. O foco na carreira de Senna, suas vitórias e tragédia, continua sendo o cerne da narrativa, mas as tensões nos bastidores demonstram o quão complexa foi a relação entre o piloto e aqueles que mais estiveram ao seu lado.