Landman, nova série de Taylor Sheridan, criador de Yellowstone, está repetindo uma das melhores coisas que Tulsa King já fez nas telinhas. Todos esses programas são criados por Sheridan, que obviamente aproveita alguns atores ou temáticas em mais de uma de suas séries, mas Landman tem tudo para se tornar uma das produções neo-westerns do momento.
A série acompanha a exploração de petróleo nos dias atuais nos EUA, focando em criminosos e bilionários que se envolvem nesse tipo de negócio e o quanto é prejudicial para toda uma população. Mas o que Landman e Tulsa King tem em comum?
Landman acaba sendo uma série bem sombria ao destacar detalhes deprimentes da indústria do petróleo. Logo nos primeiros episódios, uma família inteira fica devastada quando a plataforma de petróleo explode e arruína suas vidas. O protagonista Tommy (vivido por Billy Bob Thornton) precisa lidar com essas crises, que muitas vezes envolvem mortes, e tentar trazer um pouco de paz para o local.
Porém, apesar de todo o drama da série, Thornton é também um alívio cômico, que acaba fazendo piadas certeiras para que a série não seja apenas momentos de tragédias. A sagacidade de Thornton como Tommy é um dos pontos fortes, que consegue trabalhar cenas tensas e deixá-las muito mais leves, apesar de temas complicados.
Se não fosse o personagem, cenas tensas acabariam fazendo com que a trama se tornasse mais densa como Yellowstone, ou um thriller mais brutal como Lioness, mas aqui a comédia reina para aliviar a tensão. E vale lembrar que Tommy não é o primeiro personagem que Taylor Sheridan criou especificamente para ser engraçado, até porque Dwight Manfredi – vivido por Sylvester Stallone em Tulsa King – é o grande “rei da comédia” das séries do do criador.
Dwight, embora fosse um gângster que matou muitas pessoas, estava sempre pronto para fazer piadas ou se colocar em cenários engraçados. Inclusive, em vários momentos a série parecia muito mais uma série de comédia policial do que um drama.