Deu ruim?

A Casa do Dragão está em perigo? O que acontece com a saída do criador da série

Miguel Sapochnik deixou derivada de Game of Thrones

O mundo dos Targaryen sofreu um abalo sísmico com a saída do showrunner Miguel Sapochnik do comando de A Casa do Dragão, primeira derivada de Game of Thrones. Mas o que exatamente isso quer dizer? A série está em perigo? Veremos isso agora.

Via de regra, a saída de um showrunner nunca é uma boa notícia. Séries como Deuses Americanos, Supernatural e Dexter sofreram bastante quando seus respectivos showrunners deixaram os programas.

Para quem não sabe, showrunner é quem está no comando criativo por trás de séries de TV, definindo o caminho a ser tomado pela história, além de definir os aspectos tonais e visuais que os seriados assumem.

No caso de A Casa de Dragão, a série foi criada tanto por Sapochnik, quanto por Ryan Condal e George R. R. Martin, autor dos livros originais. Assim sendo, a situação está longe de ser tão ruim quanto parece.

Milly Alcock e Emily Carey em A Casa do Dragão.
Milly Alcock e Emily Carey em A Casa do Dragão.

A Casa do Dragão está em boas mãos

Enquanto Sapochnik esteve profundamente envolvido em A Casa do Dragão desde a concepção da série, sendo também um veterano de Game of Thrones, ele muito provavelmente não trabalhou tanto nos rumos que a história da série levará.

Primeiro porque tanto Martin, quanto Condal já trabalham nisso, segundo porque Sapochnik não é roteirista e sim diretor. Evidente que ele teve impacto em como a trama será desenvolvida, mas é mais seguro supor que ele trabalhou em outros aspectos do seriado.

E quais aspectos seriam esses? Muito provavelmente Sapochnik ajudou a desenvolver a atmosfera que a série teria, supervisionando aspectos mais ligados à produção e à direção como um todo.

Ele próprio dirigiu três episódios da série (o primeiro, o sexto e o sétimo), assim como fez em Game of Thrones, tendo comandado alguns dos capítulos mais aclamados da obra, como Hardhome, Battle of the Bastards e The Winds of Winter.

Com esses aspectos definidos, é muito mais fácil a série seguir o caminho definido por ele. Não seria o mesmo caso se ele estivesse responsável pela história em si. Bom exemplo disso é The Walking Dead – a série mudou de showrunners muitas vezes, mas manteve uma identidade visual bem similar à da primeira temporada, ainda que com certas diferenças.

Outro ponto a ser levado em consideração é que nunca é bom manter um showrunner cansado na produção e esse era o caso de Sapochnik. Por sinal, David Benioff e D.B. Weiss encerraram Game of Thrones precipitadamente justamente por essa razão – e todos sabemos no que isso deu.

Além disso, Alan Taylor entra na produção como diretor e produtor executivo. Ele conta com um currículo invejável, tendo trabalhado em Família Soprano (pela qual ganhou um Emmy), Mad Men, Roma e mais, dessa forma, A Casa do Dragão está em boas mãos.

Assim sendo, a saída de showrunners sempre é preocupante, mas parece que o futuro da derivada de Game of Thrones é promissor.

A Casa do Dragão está disponível no HBO Max, com novos episódios lançados aos domingos.

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