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The Good Doctor | Como a série se tornou um dos maiores sucessos da TV americana

Grey’s Anatomy, House e Plantão Médico são alguns bons exemplos de como dramas ambientados em hospitais podem se tornar sucessos de audiência. Agora, a atual geração de série médica que caiu na graça do público é The Good Doctor, nova atração de David Shore, o criador de House, e baseada numa série coreana de mesmo nome.

O primeiro episódio foi acompanhado por 11,2 milhões de telespectadores, a maior audiência de um programa de ficção exibido às segundas no canal americano ABC desde 1996. Depois de três episódios, The Good Doctor já se tornou a nova série mais assistida dos Estados Unidos, superando a consolidada The Big Bang Theory, que há muito tempo detinha este título, chegando a expressivos 18,2 milhões de espectadores – número bem significante se comparado a outras atrações que também estrearam no mesmo período (final do ano passado).

Tal sucesso instantâneo fez com que a ABC rapidamente encomendasse uma segunda temporada para The Good Doctor, que já tem estreia marcada para 24 de setembro na TV americana.

The Good Doctor | Atriz e criador de House se reunem na 2ª temporada

A história da série gira em torno de Shaun Murphy (Freddie Highmore), um cirurgião autista com síndrome de Savant, que tenta provar que é capaz de trabalhar no prestigiado hospital St Bonaventure. Um dos pontos fortes do programa fica por conta da atuação de Highmore, muito elogiada na comunidade de pessoas que possuem autismo.

Ao longo da temporada inaugural, descobrimos o passado de Muprhy e as perdas que o traumatizaram para sempre. Ele também é constantemente disciplinado por se comportar mal diante de seus pacientes, a quem sempre salva com um heroísmo cirúrgico. Assim como em Grey’s Anatomy e House, o protagonista vai sendo desenvolvido enquanto lida com um novo paciente na mesa de cirurgia a cada episódio.

“Há uma emoção honesta e ousada nesta série que acho muito refrescante. Fará você chorar de uma forma sem vergonha”, definiu o criador David Shore em entrevista à Indiewire. E ele tem razão. São inúmeros os comentários no YouTube de pessoas que não estão segurando as lágrimas com a história de Shaun Murphy.

Freddie Highmore como o excêntrico Dr. Shaun Murphy

O sucesso de The Good Doctor é significativo para a televisão norte-americana, que viu grande parte do público migrar para as plataformas de streaming como Hulu, Amazon e a gigante Netflix, além de canais a cabo como HBO, AMC e FX. Sucessos como The Big Bang Theory conseguiram, no máximo, manter números próximos, mas longe de crescerem.

Apesar do enorme sucesso de audiência, as críticas não foram muito generosas com The Good Doctor. Na conceituada Rotten Tomatoes, por exemplo, a série conseguiu somente 43% de aprovação. Já o especialista da Variety, Meureen Ryan, chamou o programa de “absurdamente trágico” e “uma imitação de terceira categoria de Grey’s Anatomy”. A antítese entre crítica e aceitação do público é um dos casos mais inusitados que já se viu, algo parecido com o que Batman vs Superman: A Origem da Justiça provocou. As críticas não parecem ser algo que incomodem muito a ABC, que viu The Good Doctor ser a sua série de maior audiência às segundas-feira em 21 anos.

Outro ponto que pode explicar o sucesso de The Good Doctor é This Is Us, dramas que parecem provar que o gênero é o mais aceito pelo público no momento. Em ambas atrações, a receita é narrativa realista e personagens carismáticos fazendo coisas nobres e conquistando os corações dos telespectadores. São adicionados a estes elementos um elenco diversificado com perspectivas otimistas, entregando uma trama que desafia as probabilidades, algo que há muito se esperava.

The Good Doctor chegou ao Brasil pelo Globoplay, serviço de streaming da Globo. Todos os 18 episódios da primeira temporada foram disponibilizados em 22 de agosto para assinantes da plataforma.

A emissora ainda dará uma segunda chance para quem não conferiu a série nesta segunda-feira (27), ao exibir os dois primeiros episódios em forma de filme no Tela Quente.

Crítica | The Good Doctor

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