O espólio do cantor Michael Jackson condenou o documentário Leaving Neverland, que reúne e detalha duas antigas acusações de pedofilia contra o astro, após sua exibição no Festival Sundance de Cinema.
Em um comunicado à Variety, a propriedade chamou a produção de um “assassinato de caráter”.
“Leaving Neverland não é um documentário, é um tipo de assassinato de caráter de tabloide, que Michael Jackson sofreu na vida, e agora na morte”, diz a declaração.
“O filme aceita alegações não confirmadas que supostamente aconteceram há 20 anos e as considera fatos.”
A declaração também acusa o diretor Dan Reed de ser unilateral, acrescentando: “Ele intencionalmente evitou entrevistar várias pessoas ao longo dos anos que passaram um tempo significativo com Michael Jackson e afirmaram sem ambiguidade que ele tratava as crianças com respeito e não fez nada prejudicial a elas.”
A declaração também acrescentou: “Somos extremamente simpáticos a qualquer vítima legítima de abuso infantil. Este filme, no entanto, faz um desserviço às vítimas.”
Leaving Neverland será transmitido pela HBO na primavera desse ano.
A sinopse do documentário diz: “No auge de seu estrelato, Michael Jackson começou relacionamentos duradouros com dois garotos de 7 e 10 anos e suas famílias. Agora com 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e como chegaram a um acordo para ficarem calados anos depois.”
O documentário traz entrevistas com James Safechuck e Wade Robson, que alegam ter sido molestados por Michael Jackson quando ainda eram crianças.
Ações judiciais movidas por Robson e Safechuck contra Jackson foram rejeitadas por um juiz em Los Angeles em 2017.
O Festival Sundance de Cinema acontece em Park City, em Utah, a partir de 24 de janeiro.