Karen Wilder, viúva do lendário Gene Wilder, que faleceu em agosto de 2016, falou pela primeira vez sobre sua experiência cuidando do marido nos últimos anos de sua vida, quando sofreu com o Mal de Alzheimer.
“Eu nunca me imaginei sendo a esposa de um astro de cinema, muito menos cuidando de um nos últimos anos de sua vida. Eu fiz as duas coisas. O amor me levou à primeira, e o Alzheimer à segunda”, escreve Karen em ensaio para o ABC News.
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Karen conheceu Gene enquanto ele se preparava para interpretar um homem surdo no filme Cegos, Surdos e Loucos (1989) – ela foi a terapeuta de fala que o ajudou a desenvolver o jeito único de falar do personagem.
“Nós formamos um laço muito poderoso nessa época. Ele era casado com Gilda Radner, que estava morrendo de câncer. Após seu falecimento, ele me procurou de novo, e nós nos casamos um ano depois. Por mais de 20 anos, nós fomos um dos casais mais felizes que eu conhecia”, conta.
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“Nos últimos seis anos de sua vida, no entanto, eu vi meu marido se desintegrar na minha frente. Nós ainda conseguimos encontrar bons momentos em meio a esse processo, ainda conseguimos dar algumas risadas, mesmo naquelas circunstâncias”, continua.
“Há um aspecto particularmente cruel sobre o Mal de Alzheimer – além de destruir aquele que sofre com a doença, ele também acaba com a vida da pessoa que quer cuidar da melhor forma possível da vítima. Nesse caso, fui eu”, diz ainda.
Karen informa então que, segundo estudo da Universidade de Stanford, 40% das pessoas que se colocam como cuidadores de pacientes de Mal de Alzheimer morrem antes das próprias vítimas.
A viúva do astro Gene Wilder permitiu que a imagem do marido como Willy Wonka em A Fantástica Fábrica de Chocolate fosse usada em uma nova campanha para arrecadar fundos para pesquisa contra o Alzheimer – confira abaixo.
https://youtu.be/j8cAW1CFNp8
