Após a figurinista Susan Bertram acusar o ator Robert Knepper, mais conhecido por seu papel como T-Bag em Prison Break, de assédio sexual, mais quatro mulheres contataram o THR para reportar casos envolvendo o ator.
Uma das mulheres, a diretora de elenco Robin Saex Garbos, reporta um incidente ocorrido em 1983 durante o processo de escalação de uma peça em Nova York (EUA). Knepper queria um papel na produção, e Garbos lhe deu as páginas de roteiro que ele teria que ler em seu teste de elenco no dia seguinte.
“Despedi-me dele e me virei para ir até minha mesa, mas ele não foi embora. Quando percebi, ele estava bem perto de mim e me encurralou contra a parede. Começou a me beijar, foi muito agressivo”, conta Garbos.
Outra acusadora decidiu permanecer anônima e recontou um caso ocorrido em 1989 no qual Knepper agiu de forma similar, a “pressionando” contra a porta de um guarda-roupas quando ela, então uma assistente do teatro La Jolla Playhouse, em San Diego (EUA), levou o ator até o quarto de hotel onde ficaria hospedado enquanto apresentava uma peça na cidade.
Já Emma Julia Jacobs trabalhava como maquiadora em uma montagem teatral de King Kong, em 2010, quando Knepper a “encurralou” em um quarto de hotel e “sussurrou” frases indecentes em seu ouvido, como: “Eu vou te f*der até você desmaiar”.
A diretora Christy Oldham reconta um incidente de 2013 em que Knepper a convidou para jantar e, durante a refeição, passou a fazer propostas sexuais recusadas por ela. “Ele me descreveu uma cena em que tinha que atacar uma mulher em um filme, e seu rosto estava a meros centímetros do meu. Foi muito agressivo”, diz.
As acusações contra Knepper surgem em maio a avalanche de denúncias de assédio sexual em Hollywood, desencadeada por uma matéria em que o produtor Harvey Weinstein era nomeado por dezenas de mulheres em casos semelhantes – desde então, Weinstein foi demitido de sua companhia.
Kevin Spacey, Louis C.K., John Lasseter e outros nomes da indústria foram acusados de assédio ou abuso sexual desde então.